Eu não sei como funciona isso, esse tipo de coisa, de documentos, mas a gente ter que ir na delegacia para falar 'olha, minha filha não tem como depor porque ela não está mais aqui' é, no mínimo, muito revoltante, comentou Adriana Queiroz, mãe da vítima.
O acidente
Segundo a polícia, o carro em que Manuela e o marido estavam foi atingido pelo veículo de Samuel Alisson Soares Barbosa. Ele dirigia embriagado e furou a preferencial. A jovem estava grávida de seis meses. A criança também morreu.
Uma câmera de monitoramento registrou a batida registrada em 18 de abril. Samuel foi preso em flagrante por lesão corporal qualificada e embriaguez ao volante. Ele foi solto pela Justiça dias depois.
Erro na intimação
A intimação recebida pela família convocava Manuela para ir até a delegacia no dia 4 de julho. Os pais da jovem foram até o distrito policial na data marcada na intimação para esclarecer o erro.
Adriana Queiroz, mãe de Manuela, contou que a família informou o problema a um policial que fazia o atendimento e eles foram chamados para falar com a escrivã.
Quando a gente chegou na delegacia e fomos atendidos, a gente explicou que a Manuela havia sido intimada mas como ela não podia comparecer, a gente foi no lugar dela, disse.
Supostas agressões da PM ao motorista
O advogado Ryan Antunes de Sá atua na defesa do motorista Samuel Barbosa e disse que o inquérito policial sobre o acidente foi concluído em maio. Eles aguardam o Ministério Público do Paraná (MP-PR) decidir se oferece ou não a denúncia.
A defesa afirma que Samuel está em liberdade, mediante o cumprimento de medidas cautelares e possui "recurso em sentido estrito no Tribunal de Justiça do Estado do Paraná que versa sobre a competência da Vara do Tribunal do Júri para julgar este caso".
O advogado disse que não vão se manifestar sobre a investigação que apura as denúncias de agressão.
A Secretaria da Segurança Pública do Paraná (Sesp-PR) disse que as polícias atuam em todos os casos de denúncias de irregularidades cometidas por policiais e que, nos casos em que são comprovados desvios de conduta, os servidores são julgados e punidos de acordo com a legislação vigente.
Fonte: g1
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