Um morador do distrito de Novo Paraíso, em Jacobina, passou por momentos constrangedores na manhã desta segunda-feira (11/7), ao precisar dos serviços médicos oferecidos no posto de saúde da comunidade. Ao Jacobina Notícias, o cidadão, que preferiu não ter o nome exposto, contou que além de não conseguir atendimento para seu filho, teve que comprar material em uma farmácia para que outra criança com braço fraturado pudesse fazer um curativo no posto.

Revoltado, o morador criticou a forma com que a saúde pública tem sido tratada em Jacobina e disse que esse é um "direito básico" e "uma obrigação da gestão pública do município". Ele contou ainda que seu filho apresentava sintomas gripais e estava "ardendo em febre" quando foi ao posto de saúde em busca de atendimento. No entanto, segundo ele, a médica "não atendeu nem pra passar um medicamento". 

O morador disse que há uma ordem deixada pela médica na recepção informando que não atende pessoas com sintomas de gripe e, de acordo com ele, "nem olha na cara do paciente". Além disso, segundo seu relato, "não tem gaze, não tem agulha e nem material para os funcionários trabalharem".

"Estive no posto de saúde hoje para passar meu filho com a médica, Doutora Ana Gabriela Damasceno. A médica disse que não ia atender sintoma de gripe, nem olha na cara do paciente, já deixa a informação na recepção. Meu filho está ardendo em febre e a médica não atendeu nem pra passar um medicamento. Fomos informados que tinha que levar pra Jacobina", disse ao Jacobina Notícias. 

"Outra situação me revoltou, chegou uma senhora com uma criança com o braço quebrado, precisando fazer um curativo, e informaram que não tinha como fazer o curativo porque não tinha luvas e que ela tinha que comprar e assim o curativo seria feito. A senhora [que estava com a criança] disse que ia ter que levar pra Jacobina, eu fui na farmácia comprar as luvas para o curativo ser feito", contou o morador.

O atendimento no Posto de Saúde de Paraíso está precário, não tem gaze, não tem agulha e nem material para os funcionários trabalharem. Pelo amor de Deus Prefeito acorda, o povo está doente, queremos saúde em primeiro lugar. É um direito básico e uma obrigação da gestão pública do município – concluiu.

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