Servidores da prefeitura municipal de Salvador fizeram um protesto na manhã desta quinta-feira (9) na região da Rótula do Abacaxi. Após assembleia iniciada pouco depois das 9h, em um canteiro central, eles saíram em caminhada, por volta das 10h30, no sentido Iguatemi.

O trânsito ficou bastante congestionado até a Avenida ACM, por onde os manifestantes seguiram em passeata, com faixas e cartazes em cobrança à gestão municipal. No início da tarde, o protesto foi encerrado e o trânsito foi totalmente liberado.

O ato reuniu trabalhadores de todos os setores do serviço público, exceto da Educação. O Sindicato dos Servidores da Prefeitura de Salvador (Sindseps) não informou se a manifestação causou paralisação ou interferência nos serviços prestados pelos trabalhadores.


O grupo cobrou aumento salarial, correção no auxílio alimentação e mudanças no modelo de concessão do auxílio transporte. A entidade diz que a prefeitura sinaliza um reajuste de 4% salarial, mas que a categoria calcula 56%, que corresponde à defasagem inflacionária.

De acordo com o sindicato, o percentual visa cobrir a reposição da inflação, já que o valor não é alterado há mais de seis anos. Além disso, os servidores dizem que o auxílio alimentação está há mais de 10 anos sem ser corrigido.

A Secretaria Municipal de Gestão (Semge) informou que segue com posicionamento definido na última reunião com a categoria. Em 2 de junho, o órgão decidiu conceder os 4% com efeitos retroativos a maio de 2022, exceto para os servidores vinculados ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS).

Segundo a Semge, para os servidores do Grupo Saúde, a prefeitura propõe implementar um avanço de referência de 5,5%, em setembro deste ano.

Além disso, o órgão sugere implementar dois avanços de referência para os demais servidores, sendo um em julho (2,5%) e outro em setembro de 2022 (2,5%).


Paralisação e protestos recentes

Os servidores estão em campanha por reajuste salarial desde o início de março. Segundo o sindicato, as pautas foram entregues à gestão da prefeitura em fevereiro e, como os pedidos não foram atendidos, a categoria decidiu realizar as manifestações.

Entre os meses de março e maio, foram registrados, pelo menos, sete protestos nas ruas da capital baiana. No dia 31 de maio, os trabalhadores paralisaram as atividades por 72 horas.

Na ocasião, a Justiça determinou a suspensão da greve, o retorno imediato dos servidores aos locais de trabalho e proibiu qualquer bloqueio ao acesso de servidores às repartições públicas e estabelecimentos de saúde. O sindicato disse que não houve greve e que a paralisação havia sido aprovada em assembleia com trabalhadores de todos os setores da gestão municipal.

Fonte: g1

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