O Ministério Público da Bahia (MP-BA) iniciou um processo para impedir a realização do "Festival da Banana", na cidade de Teolândia, que está em estado de emergência desde o final de 2021, por causa das fortes chuvas que atingiram o sul da Bahia.
Ao todo, o evento tem 28 atrações, com um custo de R$ 2 milhões, valor que corresponde a 40% do dinheiro gasto com a saúde do município no último ano. Esse valor se aproxima dos cerca de R$ 2,3 milhões que o governo federal encaminhou à prefeitura em 26 de dezembro de 2021, por causa da emergência da chuva.
No documento, o MP-BA destacou que "não é possível que o mesmo município, que informou necessitar de ajuda e recursos para salvaguardar a sua população de catástrofe natural, mesmo vivenciando um estado de calamidade televisionado para o Brasil inteiro, anuncie, em poucos meses, a contratação de artistas com cachês incompatíveis com as dimensões, arrecadações, necessidades de primeira monta e saúde financeira do município”.
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Teolândia e aguarda posicionamento. No processo, o MP-BA pediu que a Justiça impeça o município de fazer os repasses às 11 produtoras que já foram contratadas.
O órgão também quer que as empresas e artistas sejam proibidos de fazerem shows no período. O festival começaria no sábado (4) e encerraria no dia 13 de junho. Entre as 28 atrações que irão se apresentar, o MP-BA destacou cinco cujos cachês são superiores a R$ 100 mil:
- Gusttavo Lima: R$ 704 mil;
- Unha Pintada: R$ 170 mil;
- Adelmário Coelho: R$ 120 mil;
- Marcynho Sensação: R$ 110 mil;
- Kevy Jonny e Banda: R$ 100 mil.
Fonte: g1
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