Uma audiência pública realizada na noite desta terça-feira (24/5), na Câmara de Vereadores de Jacobina, debateu um projeto de lei de autoria do Executivo que cria uma taxa pela coleta de lixo no município.
O Jacobina Notícias acompanhou a audiência convocada pelo presidente da Câmara, Juliano Cruz, que contou com a presença dos demais vereadores, representante da Prefeitura de Jacobina, OAB, líderes comunitários e pessoas da sociedade. O prefeito Tiago Dias (PCdoB) não participou, mas foi representado pelo secretário de Planejamento, Paulo Henrique, que defendeu a criação da taxa justificando a sua "necessidade".
Vereadores de oposição, no entanto, criticaram a cobrança e citaram "os altos impostos" que a população já é obrigada a pagar.
A vereadora Simone Souza disse que "é inadmissível o prefeito criar uma taxa de lixo" e que a "votação (do projeto) nem deveria acontecer". "Esse é um projeto de lei federal, mas a União não pode interferir na autonomia dos municípios porque existe o Pacto Federativo", disse.
O vereador Martins citou um estudo feito recentemente sobre a carga de impostos que o brasileiro precisa pagar. O edil explicou que são "cerca de 60 tributos pagos pelo cidadão, entre taxas, impostos federais, estaduais e municipais".
"Estima-se, e o estudo mostra isso, que o brasileiro tem que trabalhar 157 dias do ano só para pagar imposto. Então, até domingo, dia 29 de maio, o brasileiro só trabalhou para pagar imposto. Esse estudo mostra também que 40,82% da renda média do brasileiro é só pra pagar imposto", detalhou Martins, defendendo a não criação de mais uma taxa para a população.
O vereador da situação, Tiago da Caatinga, criticou a oposição por ter se antecipado afirmando que todos os apoiadores do prefeito Tiago Dias votariam pela aprovação do projeto.
"Eu tenho liberdade para votar (...) pra decidir, e posso errar ou acertar. Porque estamos aqui defendendo os interesses do povo. Não é porque eu fui o vereador mais votado que sou melhor do que os outros, mas quero deixar isso claro porque se votar contra o projeto não dizer (oposição) que foi pressionado aqui", disse sem deixar claro o posicionamento quanto a taxação.
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