Pelo menos 39 pessoas morreram, e outras 90 ficaram feridas, nesta sexta-feira, 8, em um ataque com foguetes contra a estação de Kramatorsk, cidade do leste da Ucrânia, onde centenas de pessoas aguardavam um trem para deixar a região. 

"Mais de 30 pessoas morreram, e mais de 100 ficaram feridas, após um disparo de foguetes contra a estação (...) É um ataque deliberado", afirmou o chefe da empresa ferroviária ucraniana Ukrzaliznytsia, Oleksander Kamyshin, no aplicativo Telegram.

Minutos depois, os serviços de resgate informaram que havia pelo menos 35 vítimas fatais. 

Em frente à estação de Kramatorsk, havia vários carros carbonizados e os restos de um míssil. Por toda a parte, viam-se malas abandonadas, estilhaços de vidro e escombros. O interior da estação estava coberto de sangue, que se espalhava pela rua, devido ao movimento dos corpos.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, classificou o ataque desta sexta como um ato de "maldade sem limites" por parte da Rússia.

"Como não têm força, nem coragem, para nos enfrentarem no campo de batalha, destroem, cinicamente, a população civil. É um maldade sem limites. E, se isso não for punido, não vai parar nunca", declarou o presidente no aplicativo Telegram, denunciando os métodos "desumanos" das forças russas.

O Ministério russo da Defesa negou, por sua vez, ter lançado o ataque à estação de  Kramatorsk, no leste da Ucrânia, que deixou pelo menos 35 mortos. 

"Todas as declarações dos representantes do regime nacionalista em Kiev sobre o suposto 'ataque com foguete' realizado pela Rússia em 8 de abril na estação de trem da cidade de Kramatorsk são uma provocação e são absolutamente falsas", disse o ministério, conforme comunicado divulgado pela agência de notícias RIA Novosti. 

"Ressaltamos, de maneira particular, que os mísseis táticos Tochka-U, cujos fragmentos foram encontrados nos arredores da estação de Kramatorsk e (cujas imagens) foram divulgadas por testemunhas, são utilizados apenas pelas Forças Armadas ucranianas", completou a nota.

A Rússia nega, de forma sistemática, a responsabilidade pelas mortes de civis no país vizinho, onde lançou uma grande ofensiva militar em 24 de fevereiro passado.

O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, condenou "com firmeza" o ataque e acusou a Rússia de querer "fechar as rotas de retirada" de civis.

"Condeno com firmeza o ataque cego desta manhã a uma estação em #Kramatorsk por parte da Rússia, que matou dezenas de pessoas e deixou muitos feridos", tuitou Borrell.

"Trata-se de uma nova tentativa de fechar as rotas de retirada para aqueles que fogem desta guerra injustificada e de causar sofrimento humano", acrescentou.

Na mesma rede social, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, disse que é "horrível ver a Rússia atacar uma das principais estações usadas pelos civis que deixam a região onde a Rússia intensifica seu ataque".

Fonte: AFP

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