Um homem de 37 anos foi preso nesta segunda-feira (21/3) em Pontalina (GO), a 127 Km da capital goiana, suspeito de transmitir o vírus HIV para parceiras sexuais e namoradas do passado de forma deliberada, sem avisá-las que havia contraído a doença.

Seis mulheres com quem Leovaldo Francisco da Silva manteve relações sem uso de preservativo já procuraram a delegacia e relataram os fatos ao delegado que investiga o caso, Leylton Barros. Segundo a investigação, três delas já testaram positivo para a doença.

O homem é servidor público da prefeitura de Pontalina, exerce a função de vigilante e teve a imagem divulgada pela polícia para auxiliar na descoberta de novas vítimas. Conforme o registrado por aquelas que já procuraram a delegacia, ele já estaria transmitindo o vírus desde 2019, pelo menos.

Ao delegado, o suspeito alegou que não sabia que estava com o vírus HIV e que teria descoberto apenas no último mês. “As investigações e as provas, no entanto, mostram que ele teve, sim, condições de saber que era portador da doença desde 2020”, conta o delegado.

Segundo Leylton, há dois anos, o vigilante já havia se relacionado com uma pessoa soropositiva e sabia disso. O homem, no entanto, seguiu mantendo a vida sexual normalmente, sem se prevenir, tampouco proteger as mulheres com quem ele se relacionava.

Lesão corporal gravíssima

O homem foi preso em casa, na manhã desta segunda-feira, numa ação conjunta de policiais de Pontalina e Piracanjuba.

A prisão decretada pela Justiça foi de caráter preventivo e ele foi conduzido para a unidade prisional da cidade, onde aguarda os desdobramentos do caso.

Até o momento, o crime imputado a ele é de lesão corporal gravíssima. O suspeito já foi casado, tem um filho, mas se separou e está solteiro, no momento, de acordo com o delegado.

O celular que ele utilizava foi apreendido para análise pericial. Leylton Barros aguarda, além de novas vítimas, alguns documentos e o resultado de novos exames laboratoriais para concluir o inquérito.

A PCGO informa que a divulgação da imagem e identificação do preso neste caso encontra-se respaldada pela Lei nº 13.869 e Portaria nº 02/2020-PCGO. Tal ação, conforme a corporação, visa a identificação de eventuais vítimas dos crimes cometidos pelo autor, bem como surgimento de novas denúncias, testemunhas e elementos informativos.

Fonte: Metrópoles

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