Mais de 300 delegados da Polícia Civil da Bahia se reuniram, na manhã de desta segunda-feira (14/3), e decidiram suspender todas as operações e o cumprimento de mandados, além das representações por novas medidas cautelares, inclusive as medidas protetivas decorrentes da Lei Maria da Penha, pelo prazo de 30 dias. A categoria ainda ameaça entregar os cargos.

Segundo o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado da Bahia (ADPEB), a manifestação é "contra o aumento de 4% concedido pelo Governo do Estado e a ausência de diálogo por parte da administração, além da falta de investimentos na instituição, em estrutura e na contratação de pessoal".

A expectativa do sindicato é que, caso o governo atenda a entidade até a próxima segunda-feira (21/3) de março, sejam recolhidas as assinaturas e a entrega de todos os cargos da Polícia Civil ocupados por delegados a partir do dia 25 de março.

A categoria centrou a maioria das críticas ao atual governador do estado. “O nosso governador Rui Costa vive encastelado em seu gabinete e durante toda a sua gestão a sua principal prática foi cortar benefícios dos servidores da Segurança Pública, mostrando, desta forma, o descaso que possui com a pasta, enquanto a sociedade sofre com nefastas consequências”, reclamou o presidente Fabio Lordello.

Ainda segundo o sindicado, os delegados estão entre os piores salários da categoria em todos os estados do país, ocupando a 24ª posição no ranking salarial. “A categoria não aceita mais estae na penúltima colocação no ranking das remunerações de delegados no Brasil, portanto, ou a administração senta para conversar ou a classe irá cruzar os braços”, diz Lordello.

Fonte: Aratu On

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