Uma federação que envolva União Brasil e MDB não deve sair do papel. É o que diz o deputado federal Alexandre Leite, vice-presidente da nova sigla em São Paulo.
Na somatória, perdemos uns oito deputados. O MDB não consegue recompor com a gente, e somar com eles para perder não faz sentido – diz Leite.
A União começou a debater internamente a possibilidade de emplacar um nome para a eleição presidencial, provavelmente de vice. Em levantamento informal entre deputados, a maioria defendeu que o partido tente emplacar um nome em alguma das chapas.
Leite diz que a prioridade do partido deve ser a formação de uma bancada forte no Congresso, mas outras lideranças afirmam que a oportunidade atual, em que o partido ocupa posição privilegiada nas articulações, não pode ser desperdiçada.
Caso as conversas continuem, ele afirma que defenderá o apoio a João Doria (PSDB). Em entrevista à reportagem, Leite disse que o governador de São Paulo precisa zerar sua campanha e retirar dela o coordenador, Bruno Araújo, que é presidente do PSDB.
Ele elogia a capacidade de gestão de Doria e diz que ele faz uma boa administração em São Paulo, com avaliações favoráveis em todos os setores, como Saúde e Educação. "Ele delega as pastas, sabe tocar a máquina, é fora de série", afirma. No entanto, afirma, o reconhecimento popular não é proporcional devido a dificuldades na comunicação.
"Em rede social hoje Doria representa 0,8%. Ele tem que zerar e começar de novo. Se continuar assim vai ser difícil ter adesão de alguém. Como que eu vou aderir sabendo que quem coordena a campanha dele quer sabotar?", afirma Leite.
"Tem que desconstituir o coordenador de campanha. O cara sabotou ele a campanha inteira. Não é fazer gesto político. Tem que fazer para ganhar", conclui.
Por Fábio Zanini | Folhapress
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