A organização comunitária "Reaja ou será morto, reaja ou será morta" realizou neste domingo (6) um ato em memória aos sete anos da Cachina do Cabula, nome pelo qual ficou conhecida a ação da Polícia Militar que deixou 12 mortos no bairro, em Salvador. O caso segue sem solução e, segundo o Tribunal da Justiça da Bahia (TJ-BA) e o Ministério Público da Bahia (MP-BA), tramita em segredo de Justiça.

O ato aconteceu entre as 9h e 11h, na localidade da Vila Moisés, no bairro do Cabula - mesmo local onde ocorreram os homicídios em 6 de fevereiro de 2015. Os 12 jovens foram mortos a tiros e outros seis ficaram gravemente feridos.

Segundo a militante da organização, Lígia Bittencourt, o ato teve como objetivo saudar a memória das vítimas, na época com idades entre 15 e 28 anos.

O ato relembrou a chacina, já que, mesmo após sete anos, as famílias das vítimas seguem sem respostas.

Em 2015, a Polícia Militar informou que teria apenas reagido a disparos de arma de fogo iniciados pelas vítimas. Segundo a corporação, o tiroteio aconteceu após denúncias de que um grupo planejava roubar um banco na região.

No mesmo ano, os nove policiais envolvidos na ação, que não tiveram os nomes divulgados, foram absolvidos do caso logo após o inquérito do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) apontar legítima defesa dos PMs.

Já o Ministério Público (MP-BA) rejeitou a versão da PM e denunciou os policiais por homicídio. Em 2018, o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) anulou a sentença que inocentou os policiais. Com a decisão, os PMs voltaram a ser réus.

Agora, o caso segue em segredo de Justiça. Segundo o TJ-BA, apenas as partes envolvidas e os procuradores que estão no caso têm acesso às informações.



Fonte: g1

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