Após a identificação e confissão do suspeito do assassinato da menina Beatriz Angélica Mota, 7 anos, a mãe da menina, Lucinha Mota realizou uma live em uma rede social. Para ela, o crime ainda precisa de respostas para ser considerado elucidado.

No inquérito de Beatriz, não cabe um inocente. Não cabe. Aqui no inquérito de Beatriz só cabe os culpados. Se foi feito exame de DNA, se deu positivo, tem outros elementos que precisam ser confirmados, principalmente a motivação do crime, porque não vem a polícia dizer que ele é um doido que estava no meio da rua e entrou no colégio, não. Não venham. Não venham com esse argumento porque comigo não cola, não. Ninguém entra no colégio Auxiliadora sem ser conduzido por alguém, principalmente para entrar naquelas salas ali. O DNA por si só não é suficiente.

O suspeito apontado como autor do crime pela polícia é Marcelo da Silva, de 40 anos, que está preso por outros crimes.

Visivelmente emocionada durante a live, Lucinha explicou que soube da novidade no caso através da imprensa e ficou surpresa em não ter sido comunicada antes.

"A gente está tentando aqui buscar informação, porque eles devem isso a gente. Eu acho isso até desumano por parte da polícia fazer algo nesse sentido e não nos comunicar, porque não custava nada. São quatro delegados que estão no inquérito, um não podia parar para me ligar?"

Segundo Lucinha, a família e advogados de Beatriz participarão da coletiva de imprensa convocada pela Secretaria de Defesa Social de Pernambuco, nesta quarta-feira (12).

"Nós estaremos na coletiva amanhã. Nós vamos participar. Nós não fomos informados, mas vamos levar os nossos advogados, nós vamos estar presentes porque a gente precisa de respostas. Já que a polícia não nos dá respostas, vamos para a coletiva. E vamos também ter acesso ao inquérito, para a gente poder saber também o que está acontecendo".

No mês de dezembro, os pais de Beatriz realizaram uma caminhada de mais de 700 quilômetros para pedir justiça. Ao chegarem em Recife, os pais de Beatriz, Lucinha Mota e Sandro Romilton, foram recebidos pelo governador de Pernambuco, Paulo Câmara, que assinou um documento declarando que o governo era favorável à federalização do caso.

Fonte: g1

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