Agir e celebrar a solidariedade. Foi assim que alunos do 4° e 5° ano da Escola Municipal do Ensino Fundamental Professor Gilson Silva, no município de Quixabeira, Centro-Norte baiano, participam do Jovens Empreendedores Primeiros Passos (JEPP), Programa de Educação Empreendedora do Sebrae, e resolveram aplicar o conhecimento adquirido na disciplina de Empreendedorismo Social.
Entre os dias 22 e 25 de novembro, eles estudaram sobre o assunto e, ao final da disciplina, tiveram a ideia de realizar uma campanha de arrecadação e distribuição de brinquedos, que mobilizou a comunidade local.
No dia 3 de dezembro, foi iniciada a arrecadação dos brinquedos - desde o planejamento até a execução a ação contou com o envolvimentos dos alunos, professores, coordenação e a direção da escola. Os brinquedos adquiridos, 110 novos e 50 em bom estado de conservação, foram destinados aos alunos da Escola Municipal do Ensino Fundamental Corinto Santos, do povoado do Ramal. Os brinquedos foram entregues na última segunda-feira (13).
Aluna do 5º ano da Escola Municipal Professor Gilson Silva, Marta Gonçalves dos Santos, 10 anos, explica que a ideia da ação surgiu depois de uma atividade do JEPP em que os alunos conheceram a história de um grupo de amigos que estudam em uma mesma escola e aprendem como empreender por meio de ações solidárias.
“Daí surgiu a ideia de desenvolvermos, na prática, uma ação solidária. Juntamente com as professoras, coordenação e direção, elaboramos o nosso plano de ação e fomos em busca de parceiros voluntários. Achei o programa muito bom. Tudo foi muito marcante, desde o período da arrecadação até a entrega, com a nítida felicidade das crianças recebendo os brinquedos”, discorreu Marta dos Santos.
A secretária de Educação de Quixabeira, Gilvanda Mendes, explica que já trabalhou com o programa enquanto professora, em outro município e que, conhecendo a metodologia do JEPP, quis levá-la para Quixabeira.
“Fizemos a adesão esse ano, mas os professores, alunos e pais estão muito motivados. O JEPP vai nos ajudar bastante. Os alunos já enxergam a escola com outros olhos, dando um novo significado. E as escolas, por sua vez, apresentam aos alunos possibilidades empreendedoras no contexto social deles mesmo”, ressaltou Gilvanda.
Para o gerente Regional do Sebrae, Geronilson Ferreira, a receita é simples. “Por meio da Educação Empreendedora, os jovens são estimulados ao despertar por oportunidade de empreender, bem como, encontrar soluções para diversos problemas. Assim, terão mecanismo também para as suas vidas em aprender a planejar, buscar informações e estabelecer metas”, disse.
Quixabeira
Em Quixabeira, o JEPP atende 1.428 alunos do 1° ao 5° ano, Anos Iniciais, e do 6° ao 9°ano, Anos Finais. Já são mais de 60 professores certificados pelo JEPP e muitos outros concluindo a formação.
Todos os professores dos Anos Iniciais, Anos Finais e da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da Rede Municipal de Ensino de Quixabeira participaram dos encontros síncronos de formação de Educação Empreendedora com a professora e consultora do Sebrae, Suzethe Araújo. Também foram realizados encontros síncronos de orientação técnica com a gestão escolar e a coordenação pedagógica.
Sobre o JEPP
O objetivo do Programa de Educação Empreendedora Jovens Empreendedores Primeiros Passos (JEPP) é propiciar a vivência do empreendedorismo desde cedo. Com aulas práticas e teóricas, o programa busca estimular e difundir a cultura do empreendedorismo entre crianças e adolescentes dos anos iniciais e anos finais de instituições de ensino público, privado, associações e ONGs.
Com muitas experiências exitosas no estado de São Paulo, onde acontece desde o ano de 2002, JEPP chegou à Bahia em 2013, como programa piloto nos municípios de Irecê e Juazeiro, se expandindo, no ano seguinte, para as 10 divisões regionais do Sebrae.
A educação empreendedora proposta pelo Sebrae para o ensino fundamental incentiva os alunos a buscar o autoconhecimento, novas aprendizagens, além do espírito de coletividade. A ideia central é de que a educação deve atuar como meio de transformação desse sujeito e incentivá-lo à quebra de paradigmas e ao desenvolvimento das habilidades e dos comportamentos empreendedores.
Por Tamara Leal / Sebrae
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