Convocados pelo Sindicato dos Rodoviários da Bahia, os rodoviários participaram de uma assembleia na manhã desta quinta-feira (25), na Estação Mussurunga, em Salvador. Ao Bahia Notícias, o 2º secretário de imprensa do sindicato e vereador de Salvador, Tiago Ferreira (PT), disse que o ato é para pedir ajuda da prefeitura na venda de terrenos para que os trabalhadores da antiga CSN sejam indenizados.
Segundo Ferreira, outro pleito do sindicato é para que o número de coletivos seja ampliado em Salvador, sob a justificativa de garantir postos de trabalho para os trabalhadores da antiga bacia operada pela CSN, que ainda estão fora do mercado de trabalho.
Com presença de carro de som no local, os rodoviários decidiram que não vão rodar enquanto a assembleia estiver sendo realizada. Segundo o sindicato, a orientação é parar os ônibus que estão na estação. Os trabalhadores também prometem parar o trânsito da Avenida Paralela caso ocorra confusão com a polícia.
O secretário de mobilidade Fabrizzio Muller também foi procurado pelo BN e ressaltou que a gestão municipal não tem papel na venda dos terrenos. Sobre os postos de trabalho, o titular da Semob diz que o acordo com a redistribuição das linhas da CSN foi que "as empresas que receberam as linhas absorveriam 1.600 funcionários, isso foi cumprido integralmente", afirma Muller.
"Os outros que ficassem de fora fariam parte de um cadastro de reserva, e que quando necessário novas contratações, esses funcionários seriam priorizados, ou seja, não seriam contratados funcionários de fora do sistema", acrescentou.
Na avaliação do secretário, a postura do sindicato "é muito ruim para a cidade" pois traz transtornos ao sistema de transporte e deslocamento das pessoas.
No mês passado, o prefeito Bruno Reis já havia comentado ao Bahia Notícias que a gestão "já fez o que podia" em relação a esse assunto. "Nós reconhecemos créditos da CSN com objetivo de indenizar os trabalhadores e pagamos, nós somos mediadores de um acordo que foi feito entre sindicato e empresários, nesse caso específico, as indenizações foram pagas com imóveis, terrenos, que precisam ser vendidos para que os trabalhadores possam ser indenizados, nesse aspecto a prefeitura não tem o que fazer. Eu peço que eles tenham responsabilidade com a cidade, não trave as vias, não feche as estações pois agrava o sistema. Se de um lado penaliza o passageiro, de outro compromete ainda mais o sistema que está deficitário", afirmou na época.
Por Gabriel Lopes / Bahia Notícias
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