O delegado aposentado da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) Mário Gomes da Nóbrega perdeu quase R$ 30 mil após ser vítima de um golpe na última semana. Ele relatou que, mesmo não tendo repassado sua senha para a suposta atendente do banco, diversos PIX foram feitos em sua conta após o contato.
A ocorrência foi registrada na 20ª DP (Gama), no dia 28 de outubro. De acordo com o aposentado, ele recebeu uma ligação em que a interlocutora informou ser atendente de banco e pediu para confirmar transação suspeita de R$ 4,5 mil em nome de pessoa desconhecida. “Nunca tinha ouvido falar e disse que a transferência não deveria ocorrer”, pontua Mário.
Diante disso, a atendente passou a fazer uma série de perguntas com o intuito de convencê-lo de que ela estava preocupada com o caso. Não apenas informou todos os dados dele corretamente como gerou até um número falso de protocolo. “Ela ficou tentando me segurar na linha pelo maior tempo possível”, detalha.
Por fim, a mulher do outro lado da linha pediu para que fosse feito um PIX a uma pessoa de confiança apenas com intuito de confirmar se havia ou não algum vírus no celular. “Fiz um de R$ 100 para minha filha e, depois disso, meu celular acabou a bateria. Fiquei algumas horas na rua ainda até chegar em casa para poder ligar novamente”, lembra.
Quando Mário checou o aplicativo do banco, havia seis transferências de quase R$ 5 mil para uma pessoa desconhecida. Todas ocorreram no espaço de 13 minutos.
Após o ocorrido, ele foi ao banco e mandou cancelar todos cartões, além de pedir ressarcimento. “Não uso mais aplicativo. Para ocorrer algo assim? Não dei minha senha nem nada, e os golpistas conseguem acessar. Agora me disseram que vão analisar o caso, pois isso tem sido algo recorrente”, assinala.
Segundo Mário conseguiu apurar com colegas investigadores, esta é possivelmente uma técnica de espelhamento de tela, mas ele ainda não sabe como isso aconteceu, já que não repassou dados.
Por Matheus Garzon | Carlos Carone | Mirelle Pinheiro | Metrópoles
Postar um comentário