Alvo de preconceito e intolerância religiosa ao ser chamada de “preguiçosa” e “macumbeira”, a baiana do acarajé, Eliane de Jesus se posicionou sobre o caso. Em vídeo enviado para uma emissora local, a trabalhadora afirma que está há mais de 10 anos no Pelourinho com o tabuleiro de quitutes.
“Estou aqui para falar sobre um vídeo que está rolando aí sobre a minha imagem de duas pessoas insignificantes. Ele bateu foto minha e eu não vi. Não fui até ele, eu nem sei quem é ele, eu vi depois que ficou rolando nas redes sociais e na internet”, explicou Eliane à TV Bahia.
A baiana afirmou que está “muito indignada e ferida com isso, porque é intolerância religiosa”. “Eu benzo e sou suspensa como Ekede (cargo no candomblé) em uma casa (terreiro). Então, não é certo, ele chegar e fazer isso com minha imagem, é intolerância contra a minha religião”, lamenta.
Entenda o caso
Os dois turistas que gravaram um vídeo neste sábado (15), no Centro Histórico de Salvador, chamando uma trabalhadora baiana de "preguiçosa" esclareceram o motivo pelo qual filmaram e compartilharam a imagem da mulher que estava sentada no Largo do Pelourinho. No vídeo, postado no Instagram, os dois zombam da baiana e um deles fala: “tem cara de macumbeira”.
O nutricionista Ludvick Rego pede desculpa por ter filmado e compartilhado a mulher, e diz que, na verdade, ele e o amigo estavam fazendo uma crítica ao fato da baiana estar cobrando para benzer os turistas que ali passavam. Ludvick diz ainda que faz parte de um religião de matriz africana e que sabe que esse tipo de ritual não pode ser feito em ambiente diferente do habitual, como os terreiros, tampouco cobrado.
Por BNews
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