Um aplicativo que informa a lotação do próximo trem, qual vagão está mais vazio e quanto tempo a composição vai demorar até chegar à estação em que o passageiro está foi colocado em funcionamento no metrô da Bahia. Ele se soma a outras iniciativas implantadas, como painéis informativos em plataformas de embarque.

O objetivo foi o de dar ao usuário subsídios para que ele defina o melhor horário para sair de casa, para utilizar o sistema em horários com menor fluxo de passageiros e saber se dá tempo de fazer alguma outra atividade no trabalho antes de ir para a estação ou tomar um café enquanto aguarda a chegada do trem.

Os dados dos computadores que fazem o monitoramento dos trens no CCO (Centro de Controle Operacional) são captados e compartilhados instantaneamente com o app, segundo a CCR Metrô Bahia, concessionária responsável pelo sistema metroviário de Salvador e Lauro de Freitas. O metrô baiano é composto por 33 quilômetros de trilhos nas duas cidades.

“Vimos que o segmento de metrô tinha pouca digitalização dos seus serviços e torná-lo mais digital foi o mote de criar o conceito de mobilidade humana, mais integrada entre o físico e o digital. Começamos com a carga do cartão, que antes era dependente de bilheteria, o que tomava tempo do usuário, e agora ele só precisa encostar num validador para ativar o crédito. Ganha 98% de um tempo que não agregava valor a ele”, disse o presidente do Metrô Bahia, Andre Costa.

O app de mobilidade, chamado Quicko, oferece desde março a compra de crédito online. Já o sistema de monitoramento em tempo real está em uso desde o fim de setembro.

Além do app, a estação da linha 1 de acesso norte e a estação rodoviária, que fica na linha 2, receberam monitores com as mesmas informações do aplicativo. Até dezembro, segundo a CCR, outras dez plataformas receberão a tecnologia, que até março do ano que vem estará em todas as 20 estações. Nas estações sem monitores, até o fim do ano serão disponibilizados QR-Code para o usuário abrir o app.

“Se colocamos só no monitor na plataforma, não damos a mobilidade [ao usuário], mas agora, no trabalho, ele sabe como está o trem e pode decidir o que fazer, se desenvolve mais uma tarefa e depois sai ou se é o momento de ir.”

O Metrô Bahia transporta atualmente cerca de 300 mil passageiros por dia, 30% abaixo da demanda existentes antes da pandemia da Covid-19.

Para Costa, fatores como home office, estudo em casa e desemprego provocaram a baixa, mas a expectativa é de aumento na locomoção das pessoas. A tarifa custa R$ 4,10.

Por Marcelo Toledo | Folhapress

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