A Justiça do Rio de Janeiro determinou a quebra de sigilo bancário e fiscal do vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). A decisão atende a pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro, que investiga a contratação de supostos funcionários fantasmas e da prática de “rachadinha” no gabinete do filho do presidente Jair Bolsonaro na Câmara de Vereadores.

Carlos é vereador desde 2000 e está em seu sexto mandato. O caso está tramitando na 3ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada.

Carlos Bolsonaro é investigado desde 2019, quando reportagens da revista Época mostraram que ele empregou parentes de Ana Cristina Valle, segunda ex-esposa do presidente Jair Bolsonaro. As matérias mostraram que pelo menos duas das sete pessoas contratadas admitiram que nunca trabalharam para o vereador, apesar de estarem nomeadas.

A família de Ana Cristina Valle também aparece na investigação sobre as rachadinhas que envolvem o irmão de Carlos Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). De acordo com o MPRJ, são 14 pessoas ligadas à ex-esposa do presidente que teriam envolvimento num esquema de saque de parte dos salários recebidos por funcionários nomeados no gabinete de Flávio Bolsonaro.

De acordo com o MPRJ todos são ex-assessores que, embora morassem em Resende, no Sul Fluminense, sacavam os salários recebidos da Assembleia Legislativa do Rio e repassavam a outros membros da suposta organização criminosa.

Em nota, o vereador Carlos Bolsonaro afirmou que permanece à disposição para prestar qualquer tipo de esclarecimento às autoridades.

Já a defesa do senador Flávio Bolsonaro afirmou que está impedida de comentar detalhes porque o caso está em segredo de Justiça e todas as informações pertinentes foram e serão prestadas nos autos. A defesa afirma ainda que o senador desconhece supostas irregularidades que possam ter sido praticadas por ex-servidores da Alerj.

Fonte: CNN Brasil

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