O Ministério da Defesa do Reino Unido informou que sete pessoas morreram esmagadas contra portões, neste sábado (21), em meio a uma multidão nos arredores do aeroporto de Cabul, no Afeganistão, que tentava embarcar em voos para deixar o país. As informações são do portal G1.
"Nossos sinceros pensamentos estão com as famílias dos sete afegãos que morreram nas multidões de Cabul", diz uma nota do Ministério da Defesa britânico.
A agência de notícias Reuters disse que um oficial da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) relatou ao menos 20 mortes nos últimos sete dias dentro ou nos arredores do aeroporto.
Um dirigente do Talibã culpou os Estados Unidos pela situação. "Fracassaram em impor ordem no aeroporto", disse Amir Khan Mutaqi. O grupo extremista conseguiu estabelecer ordem e tentou organizar filas para o acesso, de acordo com informações da Reuters.
Neste domingo (22), o secretário de Defesa do Reino Unido, Ben Wallace, escreveu uma coluna no jornal Daily Mail e disse que se o prazo estabelecido pelos EUA para deixar o Afeganistão não for ampliado, não haverá tempo para evacuar todas as pessoas que querem deixar o país.
"Talvez os americanos possam ficar mais tempo, e eles terão nosso completo apoio se eles ficarem (...) Eu tenho dito o tempo todo que nenhuma nação vai conseguir retirar todo mundo", afirmou Wallace.
Segundo ele, os afegãos que queiram fugir do Talibã terão que se encaminhar para as fronteiras por conta própria se os americanos não estenderem a permanência. "Nós vamos estabelecer uma série de hubs nas fronteiras para aqueles afegãos que nós temos a obrigação de trazer para o Reino Unido", disse.
Também neste sábado, a Agência de Refugiados da ONU faz um apelo para que países que fazem fronteira com o Afeganistão mantenham as fronteiras abertas para a entrada de imigrantes.
Por Bahia Notícias
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