O governador da Bahia, Rui Costa, disse na noite desta terça-feira (3), que o Consórcio Nordeste deve se reunir nesta semana para discutir se vai continuar com a comprar das doses da Sputnik V, vacina russa contra a Covid-19. A informação foi divulgada durante o Papo Correria, programa em que o gestor responde perguntas nas redes sociais.
Rui Costa também afirmou que o Consórcio do Nordeste não fez o pagamento das vacinas, porque existe uma clausula que condiciona a remuneração com a entrega das doses, juntamente com a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
"Caso a Anvisa e o Ministério da Saúde continuarem colocando barreiras, não faz sentido comprar a Sputnik. Compramos no primeiro semestre”, disse Rui Costa.
"Faremos uma nova reunião essa semana. Conversei com o presidente do Consórcio Nordeste essa semana para tomar uma decisão, dada os sucessivos obstáculos da Anvisa e a própria declaração do ministro, afirmou o governador.
Sputnik V
O contrato fechado com o Consórcio Nordeste prevê 37 milhões de doses da vacina Sputnik V. Neste primeiro momento, a Anvisa autorizou a importação excepcional de doses da Sputnik V para seis estados do Nordeste e cada estado receberia uma quantidade suficiente para duas doses de 1% da população.
Conforme ocorrerem as autorizações, os outros estados do Nordeste, do Norte e de outras regiões, que celebraram contrato com o Fundo Soberano Russo, irão receber as doses da vacina, até completar a quantidade contratada.
Estados que fizeram pedidos à Anvisa para importação da Sputnik V:
- Bahia - 300 mil doses;
- Maranhão - 141 mil doses;
- Sergipe - 46 mil doses;
- Ceará - 183 mil doses;
- Pernambuco - 192 mil doses;
- Piauí - 66 mil doses;
- Rio Grande do Norte - 71 mil doses;
- Mato Grosso - 71 mil doses;
- Rondônia - 36 mil doses;
- Pará - 174 mil doses;
- Amapá - 17 mil doses;
- Paraíba - 81 mil doses;
- Goiás - 142 mil doses;
- Alagoas - 67 mil doses;
- Amazonas - 84 mil doses;
- Minas Gerais - 428 mil doses;
Vacina aprovada com restrições
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou no dia 4 de julho, com restrições, o pedido de importação excepcional das vacinas Sputnik V e Covaxin contra a Covid-19. A decisão vale apenas para lotes específicos de imunizantes trazidos de fora e não configura autorização de uso emergencial pela agência.
Em razão de "incertezas técnicas" presentes na documentação das vacinas Sputnik V e Covaxin, a Anvisa decidiu pela aprovação da importação, mas desde que sejam seguidos protocolos para uso controlado dos imunizantes.
Fonte: G1
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