Nesta sexta-feira (2), a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a abertura de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) para o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por uma eventual prevaricação após ter sido informado de possíveis irregularidades na compra da vacina Covaxin.
Segundo a reportagem, o pedido acontece após a ministra Rosa Weber, da suprema Corte, cobrar um posicionamento da PGR a respeito da notícia-crime apresentada por três senadores ao STF pedindo a investigação de fatos apurados pela CPI da Covid. A Procuradoria havia pedido para aguardar a conclusão da comissão do Senado. Contudo, a ministra afirmou que a apuração da CPI não impede a atuação do Ministério Público Federal (MPF).
No pedido, o vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, afirma que é preciso esclarecer as circunstâncias do eventual aviso que teria sido dado ao presidente para ver se de fato configura o crime de prevaricação, se Bolsonaro teria mesmo que ter agido, já que o crime é cometido por funcionários públicos. Outra questão levantada é sobre se há indícios de que o delito teria sido cometido para satisfazer interesse próprio.
“A despeito da dúvida acerca da titularidade do dever descrito pelo tipo penal do crime de prevaricação e da ausência de indícios que possam preencher o respectivo elemento subjetivo específico, isto é, a satisfação de interesses ou sentimentos próprios dos apontados autores do fato , cumpre que se esclareça o que foi feito após o referido encontro em termos de adoção de providências”, escreveu.
Medeiros quer os depoimentos de Bolsonaro e dos irmãos Miranda. O STF ainda discute se o depoimento do chefe de Estado pode ser presencial ou por escrito.
Fonte: Bahia Notícias
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