Era para ser uma saída rápida. "Vou ali rapidinho comprar umas roupas de frio para as crianças", pensou a técnica de enfermagem Ana Paula Mendes de Araújo, 36 anos. Depois das compras, lembrou que não tinha feito comida e para não deixar as crias esperando muito tempo decidiu comprar comida em um restaurante no Centro de Feira de Santana. Tudo corria bem até a etapa final do percurso: pediu uma corrida pelo aplicativo 99 na volta e, sem qualquer justificativa, foi agredida pelo motorista que deveria levá-la em segurança para casa.

Ana Paula recorda que tudo aconteceu assim, meio sem explicação. O 99 é o único aplicativo que utiliza para se locomover. A técnica de enfermagem afirma que o motorista foi grosseiro com ela desde a chegada. Inicialmente, afirmou para ela colocar as sacolas no banco da frente. Ana Paula questionou o porquê, já que iria fazer a viagem no banco de trás.

O motorista, identificado como Caio e dirigindo um Fiat Uno, alegou que as sacolas iriam sujar o carro e Ana Paula discordou porque as sacolas estavam limpas, vieram direto de uma loja e sequer tinham sido colocadas no chão. Até então, ela não teve sequer a oportunidade de entrar dentro do carro. Seguindo a grosseria, o motorista afirmou que iria cancelar a corrida. Fechou o vidro e ficou parado sem fazer o cancelamento.


"Eu bati no vidro do carro com o celular pedindo para ele cancelar a corrida porque eu precisava fazer um novo pedido. Eu expliquei que tinha criança em casa esperando para comer", contou à reportagem do Correio.


Após pedir o cancelamento por duas vezes, Ana Paula viu o motorista sair do carro, ir em direção a ela e a atacar com um empurrou. Por impulso, ela revidou. Logo depois, o motorista deu um soco no rosto dela antes de entrar no carro e arrancar.

"Eu ainda estou em choque diante de toda essa situação. Depois do murro ele entrou no carro e saiu. Uma moça veio depois avisando que viu toda a confusão, que me viu tentando falar com ele. Ela anotou a placa do carro. Um motorista de outro aplicativo viu de longe a situação e se ofereceu para me ajudar. Ele me levou até o posto de polícia em frente à Prefeitura. Chegando lá, me orientaram que eu fosse prestar queixa", afirmou a vítima.

Após fazer a denúncia, Ana Paula decidiu gravar um vídeo em sua conta do Instagram para relatar a situação. O vídeo já conta com mais de 13 mil visualizações. Nele, Ana Paula garante que vai buscar por justiça até o limite.

"Nunca apanhei de pais, de marido, de homem nenhum porque não é do meu perfil apanhar de ninguém. Ninguém nasceu para apanhar. Uma mulher apanhar de homem é inadmissível. Eu estou muito triste, me sentindo um lixo, me sentindo humilhada", disse no vídeo.

Procurada, a Polícia Civil afirmou que a 2ª DT/Feira de Santana apura a agressão. De acordo com a polícia, foi expedida guia para exame de lesões e agenda oitiva dos envolvidos. O Correio procurou a 99 para ouvir esclarecimentos, mas a empresa não se manifestou até o fechamento da reportagem.

Fonte: Correio 24h

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