O ministro da Economia, Paulo Guedes, exaltou a decisão dos empresários bolsonaristas Luciano Havan e Carlos Wizard, que anunciaram, na tarde desta quinta-feira (25), a doação de 10 milhões de doses de imunizantes contra a Covid-19 para o Sistema Único de Saúde (SUS), conforme prevê a lei aprovada pelo Congresso no início de março. Em entrevista coletiva, Guedes aproveitou para convocar outros empresários e destacou o que chama de “a capacidade de impacto que o setor privado tem”. 

Ao lado do ministro, os empresários afirmaram que buscam também a flexibilização da legislação, abrindo a possibilidade de que empresários possam também garantir a vacinação de seus funcionários, ao invés de repassar as doses adquiridas integralmente para o SUS. A proposta será discutida com os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (RR) e Rodrigo Pacheco (DEM), respectivamente.

Nesta quinta, a Justiça Federal de Brasília entendeu que a doação obrigatória de vacinas pelo setor privado na para permitir a aquisição do imunizante é inconstitucional. O juiz Valcir Spanholo defendeu que a exigência de doação gerou um retrocesso e acabou na prática desestimulando e impedindo a participação da sociedade privada no processo de imunização contra o coronavírus. (reveja). 

Nesta sexta (26), uma reunião entre Luciano Havan, Carlos Wizard e o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, irá formalizar a doação, assegurou Guedes. 

“Dois brasileiros de corações macios. Imaginem 100 empresários. E nós temos 100 empresários que podem fazer essas doações. Essa ajuda que vem do setor privado pode acelerar muito. Estamos agradecendo e fazendo e o apelo a outros empresários”, disse Guedes ao reafirmar a meta já antecipada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, segundo a qual o Brasil pretende vacinar 1 milhãos de pessoas por dia. De acordo com Guedes, o desejo deve ser uma realidade nos próximos 60 dias. “A coisa agora não é a quantidade, é a velocidade”, acrescentou o ministro. 

Ao analisar o impacto da segunda onda da pandemia, Guedes citou as novas medidas em implementação, a exemplo do novo auxílio emergencial, o deferimentos do imposto do Simples Nacional e o programa de crédito ao empresariado para evitar as demissões. 

“Nós enfrentamos a primeira onda, a doença estava indo embora. Nos primeiros dois meses de 2021 o Brasil demonstrou recuperação da atividade econômica. A economia já estava melhor do que estava na primeira onda. O Brasil estava começando a ficar de pé. Vem a segunda onda e nos atinge novamente”.

Fonte: A Tarde

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