Produzida pelo laboratório indiano Bharat Biotech, a vacina Covaxin, que previne a Covid-19, alcançou 80,6% de eficácia para prevenir casos sintomáticos da doença. Os dados do estudo clínico preliminar em larga escala, de fase 3, segundo o portal Bem Estar, do G1, foram publicados nesta quarta-feira (3).
Ao todo, 25.800 voluntários participaram da pesquisa. Pessoas com mais de 60 anos (2.433) e portadores de comorbidades (4.500) também participaram. Apenas 43 casos do novo coronavírus foram registrados.
Desses, ainda, 36 foram em voluntários que receberam o placebo, contra sete que receberam a Covaxin. Efeitos adversos graves "ocorreram em níveis baixos e foram equilibrados entre os grupos vacina e placebo", comunicou a Bharat.
Para encontrar a taxa de eficácia de 80,6%, a análise dos dados preliminares considerou que, dos 43 casos de infecção ocorridos em todo o grupo, 36 ocorreram em voluntários que receberam o placebo e 7 casos entre os que receberam a Covaxin.
A análise preliminar também mostrou que efeitos adversos graves e que precisaram de atendimento médico "ocorreram em níveis baixos e foram equilibrados entre os grupos vacina e placebo", disse a Bharat.
A técnica utilizada para desenvolver a Covaxin foi expor vírus inativados em laboratório a calor e produtos químicos. Dessa forma, eles ficam incapacitados de reproduzir. Para a imunização ser completa, são necessárias duas doses.
A Índia já iniciou, com hesitação dos profissionais de saúde, por até então não terem sido publicados os dados de fase 3 dos testes, a aplicar o imunizante da Bharat Biotech. Dessa forma, 11% dos 10 milhões de indianos vacinados receberam a Covaxin até a semana passada.
Vale lembrar que o Ministério da Saúde brasileiro tem acordo com a Bharat para comprar 20 milhões de doses da vacina, por R$ 1,6 bilhão. "As primeiras 8 milhões de doses do imunizante devem começar a chegar já no mês de março, em dois lotes de 4 milhões a serem entregues entre 20 e 30 dias após a assinatura do contrato", informou a pasta, no dia 25 de fevereiro.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda precisa autorizar o uso da Covaxin para que as doses cheguem ao país.
Fonte: Bahia Notícias
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