Os dois homens suspeitos de ataques a banco na Bahia, que foram presos após fazerem um garoto refém, comemoravam o réveillon em casa de luxo, em Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador, quando foram surpreendidos pela polícia.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), os suspeitos estavam numa festa com cerca de nove mulheres, drogas e muita bebida alcoólica.
Com a chegada dos policiais, dois suspeitos pularam o muro e invadiram a casa vizinha, onde fizeram o garoto refém. Após negociação da polícia, os homens se renderam e o garoto foi liberado sem ferimentos. Participaram da ação equipes das Polícias Federal, Civil e Militar.
Dois homens que estavam no imóvel tinham mandado de prisão expedidos por causa dos crimes, e foram presos. Além deles, outros quatro suspeitos que estavam no imóvel foram levados para a delegacia. Dois deles formas presos por tráfico de drogas e cárcere privado (da criança). Os outros dois foram liberados.
O pai do garoto feito refém, Antonio Leite, disse que estava na área externa da casa, por volta das 5h, vendo o nascer do sol quando notou a movimentação da polícia na casa ao lado e a invasão à sua residência. Segundo ele, o menino dormia na hora da ação e espera que a criança não sofra nenhuma sequela psicológica.
Dois deles [os suspeitos] pularam para dentro da nossa casa e entraram no quarto que tinha duas crianças, além do pai deles no banheiro. Quando entraram, os meninos foram para o quarto do meu filho, que estava dormindo. Espero que ele tenha saído sem nenhum trauma, disse
Crimes
A quadrilha é suspeita de ataques às agências da Caixa Econômica Federal em três bairros de Salvador. Na madrugada de 28 de outubro, cerca de 10 homens armados explodiram a unidade de Porto Seco Pirajá. Na ação, o teto da agência caiu e os vidros ficaram estilhaçados. Ninguém ficou ferido.
Pouco mais de um mês depois, no dia 8 de dezembro, o ataque ocorreu na agência do bairro de Castelo Branco. A Polícia Militar foi acionada, mas os criminosos já tinham fugido. A mesma agência foi alvo do grupo criminoso duas semanas depois, no dia 22 de dezembro, e rodoviários foram feitos reféns.
Já no dia 17 de dezembro, a agência do bairro da Fazenda Grande do Retiro foi destruída em uma ação atribuída ao mesmo grupo. A agência foi explodida e os homens levaram o dinheiro dos caixas e fugiram. Ninguém ficou ferido.
As investigações da polícia apontam que a quadrilha foi responsável pela destruição das agências da Caixa Econômica Federal nos bairros Fazenda Grande do Retiro, Porto Seco Pirajá e Castelo Branco. Neste último, inclusive, houve duas explosões e roubo em um intervalo de duas semanas.
Segundo a Polícia Federal, responsável por investigar os assaltos, somente com as explosões e os danos causados às agências, o prejuízo foi maior do que o valor roubado nas ações.
Ainda de acordo com a PF, outros integrantes do grupo criminoso já tinham sido presos em ações anteriores da polícia. Armas usadas no assaltos também foram apreendidas anteriormente. A Polícia Federal informou que as investigações continuam, com intuito de identificar e prender os demais participantes autores dos crimes.
Fonte: G1
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