Com o aval do governo federal para que empresas possam importar, por conta própria, vacinas contra a Covid-19 para imunizar seus funcionários, algumas empresas da Bahia já estão se movimentando para adquirir o imunizante. A proposta é de que, a cada vacina comprada, uma outra seja doada para o SUS.

O vice-presidente da Associação Comercial da Bahia, Paulo Cavalcanti, revelou que, além dessa medida, estão em análise outras questões sobre o tema. "Quem vai dar a vacina, você importa e precisa ter agulha e aonde vai tomar. Armazenar também. Questão logística. São esses detalhes", explicou ao Bahia Notícias.

"Como vai ser a operação? Você importa e o SUS fica com metade. Quem vai aplicar a vacina? Essas são as discussões. Temos total intenção e estamos analisando as possibilidades dessa negociação. Tem a questão do lote ideal para importação. Quando vai para a associação você tem que ver o orçamento das empresas. Tem empresas grandes e fortes que podem contribuir", disse.

Cavalcanti ainda comentou que a intenção não é ficar apenas na imunização dos funcionários das empresas, e sim estender a vacinação para as famílias dos trabalhadores.

"Na nossa particularidade, a questão é família. É que possamos estender para os trabalhadores e familiares. Está difícil conseguir a vacina. Estamos ainda tentando ter a certeza de todas as regras para tentar fazer a campanha", comentou.

A compra das vacinas pelo setor privado já vem causando controvérsias. O prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), não concorda que o setor privado adquira e comercialize a vacina contra a Covid-19. Segundo ele, "só vai ter acesso quem conseguir pagar" (relembre aqui).

FIEB AINDA AGUARDA DELIBERAÇÃO

A Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) ainda deve aguardar alguma deliberação sobre o tema. O presidente do órgão, Ricardo Alban, disse que a ideia é no sentido de que "os empresários possam participar da compra de vacinas para apoiar a expansão da campanha de vacinação no país".

“Estamos seguindo as orientações gerais envolvendo as ações de combate à pandemia e respeitando as determinações que estão sendo deliberadas. Definiremos o nosso papel e como poderemos apoiar. Por enquanto, esta discussão não foi levantada, mas a indústria se coloca à disposição para apoiar o país na luta contra o vírus que tem ceifado tantas vidas”, pontuou.

Fonte: Bahia Notícias

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