Os dias do Bahia na Cidade Tricolor têm sido de preparação e busca por uma forma de jogar que faça a equipe voltar aos trilhos para emplacar sequência positiva e conseguir se manter na Série A. Devido ao adiamento do jogo contra o Corinthians, que será no dia 28, o time folga na tabela do Brasileirão neste final de semana e só volta a jogar quarta-feira (20), contra o Athletico-PR, na Fonte Nova, pela 31ª rodada.
Enquanto não encontra a fórmula ideal para fugir do rebaixamento, o Esquadrão sabe que a defesa é um dos pontos de maior preocupação. Nunca na história do Brasileirão por pontos corridos com 20 clubes o Bahia sofreu tantos gols como na atual temporada
Após 29 partidas disputadas, e portanto restando nove para o fim da Série A, o Esquadrão já foi vazado 51 vezes, número que coloca o time baiano como dono do pior sistema defensivo entre as 20 equipes. A média de gols sofridos é de 1,75 por confronto.
Para ter uma ideia, desde 2011, quando o Bahia voltou a disputar a Série A, a maior quantidade de gols sofridos numa mesma edição havia sido 49, justamente em 2011. A marca foi atingida nos 38 jogos do campeonato.
De lá para cá, o tricolor participou de outras sete temporadas na primeira divisão, e a média de gols sofridos foi de 44 por edição, sete a menos do que já registra agora.
Os 51 gols levados são superiores até mesmo na comparação com a temporada de 2003, a primeira em formato de pontos corridos, só que com 24 times. Naquele ano, as redes haviam sido vazadas 49 vezes após 29 jogos.
O Esquadrão acabaria rebaixado à Série B como lanterna e dono da pior defesa, com 92 gols sofridos. Como o Brasileirão teve 46 rodadas, a média de bolas na rede tricolor foi de 2 por jogo, pior do que a atual.
Diante de números tão ruins, o Bahia sabe que precisa estancar a sangria para permanecer na primeira divisão após 24 de fevereiro, data em que termina a edição 2020. Se continuar com a média de 1,75 por jogo até o final, o tricolor receberá mais 16 gols nos nove restantes e atingirá a marca de 67 gols sofridos.
Histórico
Por falar em gols e rebaixamento, em apenas três oportunidades o clube que teve a pior defesa do Brasileirão conseguiu se salvar na era dos pontos corridos. Desde 2003, Palmeiras, Vitória e Goiás foram os únicos que ficaram na primeira divisão.
No caso do Palmeiras, o feito aconteceu em 2014. O time levou 59 bolas na rede e terminou a Série A na 16ª colocação, logo acima do Z4.
Em 2017 foi a vez do Vitória ser vazado 58 vezes e mesmo assim conseguir escapar, também na 16ª colocação. Curiosamente, o time baiano foi salvo graças ao saldo de gols, mandando o Coritiba para a segundona naquela edição.
Na temporada passada, o Goiás foi outro que teve a pior defesa e conseguiu se manter. No caso do esmeraldino, mesmo sofrendo 64 gols, a equipe somou 52 pontos e foi a 10ª colocada na tabela.
Para não repetir as estatísticas negativas, uma das soluções buscadas pelo Bahia é a de recuperar o zagueiro Lucas Fonseca, que sofreu lesão na coxa e não atua desde novembro. Com ele em campo, o aproveitamento do Esquadrão é de 55%. Sem o camisa 28, o desempenho despenca e vai para apenas 17%.
Lucas Fonseca já está curado da lesão e tem treinado na Cidade Tricolor. Havia a expectativa de que ele voltasse ao time nos confrontos com Grêmio e Atlético-GO, mas ficou em Salvador para aprimorar a forma física. Agora existe a chance de que o defensor apareça entre os titulares no confronto com o Athletico-PR.
Correio 24 Horas
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