A grande repercussão da morte de João Alberto Silveira de Freitas, 40 anos, após ser espancado e morto por seguranças em um supermercado de Porto Alegre, na última quinta-feira (19), deixou o pai dele de 'alma lavada', traz reportagem do G1. 

"Eu posso te dizer que me sinto de alma lavada, porque não imaginei que fosse ter uma repercussão tão grande assim. Mas se é em favor da sociedade é bem-vindo", disse João Batista Rodrigues Freitas à reportagem da RBS TV, durante o velório do filho, na manhã deste sábado (21), na Zona Norte da Capital gaúcha. 

O vídeo do momento em que João Alberto é agredido por dois seguranças foi altamente compartilhados das redes sociais e sites e notícias. O episódio repercutiu entre autoridades e ficou entre os assuntos mais comentados do Twitter na sexta-feira (20). João Batista considera o movimento negro contra o racismo válido.

"Eu gostaria que isso não tivesse acontecido com o meu filho, mas quanto ao movimento negro, acho que todo movimento assim é valido. Porque esse tipo de sentimento assim tem que ser banido da sociedade. E só com muita educação a gente vai superar esse momento. Então um momento como esse é sublime pra isso".

Entre as autoridades que comentaram e lamentaram a violência sofrida por João Alberto, está o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que disse que houve "excesso de violência". Além dele, Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que "o bárbaro homicídio praticado no Carrefour escancara a obrigação de sermos implacáveis no combate ao racismo estrutural".

A notícia também foi pauta em veículos de imprensa internacionais, como o Washington Post, dos Estados Unidos, e o El País, da Espanha.

Bahia Notícias

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