O empresário Ricardo Nunes, fundador da rede de lojas Ricardo Eletro, foi denunciado nessa 4ª feira (11.nov.2020) pelo MP-MG (Ministério Público de Minas Gerais) por apropriação indébita de R$ 14 milhões.

O valor, cobrado de clientes em ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias), não teria sido repassado ao fisco estadual. O suposto crime ocorreu de 2012 a 2017.

O empresário não faz mais parte do quadro de acionistas da Ricardo Eletro, que atualmente pertence à Máquina de Vendas, controlada pela MV Participações.

De acordo com o MP-MG, foram sequestrados pela Justiça mais de R$ 60 milhões em imóveis em nome de empresas da mãe e da filha de Ricardo Nunes.

Os promotores afirmam que as investigações ainda vão prosseguir, com a finalidade de apurar outros supostos crimes de sonegação, praticados de 2017 a 2019, cujo montante seria de cerca de R$ 80 milhões.

Caso condenado, Ricardo Nunes pode pegar até 3 anos de prisão em regime semiaberto. Os R$60 milhões sequestrados pela Justiça podem ser utilizados para ressarcimento ao erário.

O Poder360 tentou estabelecer contato com o advogado Marcelo Leonardo, que representa o empresário, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

PRISÃO

Ricardo Nunes foi preso em julho deste ano, em decorrência da operação Direto com o Dono, que investigava sonegação fiscal e lavagem de dinheiro na região metropolitana de Belo Horizonte.

Na ocasião, ele prestou depoimento ao MP-MG e foi liberado. Laura Nunes, filha do empresário, e Pedro Daniel, superintendente da Ricardo Eletro, também foram alvos de mandados de prisão —revogados pela Justiça no mesmo dia.

Poder 360

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