As análises iniciais do Instituto Geral de Perícias do RS (IGP-RS) apontaram para a possibilidade de asfixia como causa da morte do homem negro espancado nesta quinta-feira (19) em uma unidade do Carrefour em Porto Alegre.

Segundo o IGP, estão previstos outros exames laboratoriais, e os laudos definitivos devem ser concluídos nos próximos dias. O corpo foi levado aos Departamentos de Criminalística e Médico-legal ainda na noite desta quinta. A liberação ocorreu na tarde desta sexta-feira (20).

João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, foi espancado e morto por dois seguranças brancos na véspera do Dia da Consciência Negra. As agressões e a imobilização duraram mais de cinco minutos.

Ele fazia compras com a esposa quando teria ocorrido um desentendimento com uma funcionária do local. Ela chamou a segurança, que levou João Alberto para o estacionamento, onde ocorreram as agressões.

Os dois agressores – o policial militar Giovane Gaspar da Silva, de 24 anos, e o segurança Magno Braz Borges, de 30 – foram presos em flagrante e tiveram a prisão preventiva decretada na tarde desta sexta.

Magno é funcionário terceirizado do supermercado. Segundo a Brigada Militar (como é chamada a Polícia Militar no Rio Grande do Sul), Giovane não poderia estar trabalhando no local.

David Leal, que assumiu a defesa de Giovane, diz que seu cliente relatou que João Alberto "estava alterado" e "deu um encontrão em uma senhora" no supermercado. Disse ainda que a vítima desferiu um soco contra Giovane, segundo o relato do preso.

O advogado William Vacari Freitas, que defende Magno, disse ao G1: "Vamos aguardar o resultado das perícias e das demais investigações".

G1

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