O Brasil está com a maior taxa de transmissão (RT) do Sars-CoV-2 (vírus que causa a Covid-19) desde maio, segundo a atualização mais recente do Imperial College de Londres. De acordo com relatório da universidade londrina, o índice da RT está em 1,30. Isso significa que cada 100 pessoas contaminadas transmitem o vírus para outras 130 pessoas – o que sugere que a epidemia está avançando nacionalmente.

Depois de ficar abaixo de 1,0 por cinco semanas seguidas – entre o final de setembro e o final de outubro – , a taxa no Brasil voltou a ficar acima de 1 novamente no início de novembro, sinalizando a alta de casos que o país vive no momento.

Pela margem de erro das estatísticas, essa taxa pode ser maior (RT de até 1,45) ou menor (RT de 0,86). Nesses cenários, cada 100 pessoas com o vírus infectariam outras 145 ou 86, respectivamente.

Ainda segundo os dados da Imperial College, a última vez que a margem de erro considerou um índice tão alto de transmissão foi durante a segunda quinzena de maio. A universidade ressalta que a notificação de mortes no Brasil tem mudado bastante no últimos dias e que os “resultados devem ser interpretados com cautela.”

Vale lembrar que, há duas semanas, a RT do Brasil ficou em 0,68, menor valor desde abril. Porém, o índice baixo ocorreu na mesma semana em que houve o apagão de dados na base do Ministério da Saúde, o que atrasou a atualização de casos e mortes.”

Segunda onda no Brasil?

O novo aumento no número de casos de contaminação, internações e óbitos pela pandemia de coronavírus em diversas regiões do país gerou um refluxo na tendência otimista observada na percepção dos brasileiros sobre a situação da crise sanitária. É o que mostra a rodada de novembro da pesquisa XP/Ipespe.

Segundo o levantamento, realizado entre os dias 18 e 20, 77% dos entrevistados acreditam que o Brasil enfrentará uma segunda onda de covid-19.

As últimas checagens sobre casos, internações e óbitos endossam a visão de que podemos estar em uma segunda onda. Um dos levantamentos indica as maiores tendências de alta em contágios e mortes desde o mês de maio, por exemplo. Outras notificações mostram o aumento nas internações por conta da Covid-19.

Em reportagem recente, o InfoMoney conversou com especialistas para entender o que motiva esta possível segunda onda no Brasil — e como devemos encarar casos, óbitos e internações.

InfoMoney

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