As vendas referentes ao Dia das Crianças de 2020 deverão registrar queda de 4,8%, em relação a 2019. Caso confirmado, o recuo interromperá uma sequência de três anos de recuperação, como informa a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A data deve movimentar R$ 6,2 bilhões neste ano, em todo o Brasil.


Segundo a entidade representativa do varejo, o recuo ao menos não será o maior da história. O faturamento em = 2016 retrocedeu 8,1%. O Dia das Crianças é a terceira data mais importante para o comércio, atrás apenas do Natal e Dia das Mães.


Segundo o presidente da CNC, José Roberto Tadros, o desemprego em alta, aumento da informalidade e subutilização da força de trabalho ainda são obstáculos a serem superados. “Este é um desafio para o setor não apenas para esta data comemorativa, mas também para as demais que estão por vir”, afirmou Tadros. “A redução do valor do auxílio emergencial, a partir de setembro, também deverá dificultar a retomada das vendas, mesmo em um cenário de inflação e juros baixos”.


Com movimentação esperada de R$ 4,4 bilhões, o setor Hiper e supermercados é o único com expectativa de melhora (3,2%). Ramos mais ligados à data, porém, deve diminuir os ganhos, como brinquedo e eletroeletrônicos (-2,5% ou R$ 1,3 bilhão); livrarias e papelarias (-9,9% ou R$ 48,1 milhões); e vestuário e calçados (-22,1% ou R$ 489 milhões).


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