Seis em cada dez empresas baianas encerraram as atividades antes de completar cinco anos. O dado mostra que a longevidade empresarial no estado é ainda menor do que a média do Brasil: temos a oitava menor taxa de sobrevivência tanto no primeiro quanto no quinto e décimo anos de funcionamento das unidades. 

As informações são do estudo Demografia das Empresas, realizado anualmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e que, pela primeira vez, traz a análise do tempo de sobrevivência das empresas em cada estado brasileiro. 

Segundo o levantamento, das 31.747 empresas que nasceram ou começaram a funcionar pela primeira vez em 2008, na Bahia, 18.113, o equivalente a 57,1%, fecharam as portas antes de completar cinco anos de atividade. Isso mostra que seis em cada dez delas não conseguiram se manter ao longo deste período. 

Parte delas morre logo antes de completar o primeiro aniversário. Do total das abertas em 2008, 21,7% (2 em cada 10, ou 6.876) não chegaram aos 12 meses. Se em cinco anos um número tão expressivo de empresas fecha as portas, em dez, a situação piora. De acordo com o IBGE, apenas duas entre 10 unidades empresariais conseguem se manter ativas durante todo este tempo. 

O estudo mostra que apenas 6.892 - ou cerca de 21,7% das que nasceram em 2008 - ainda estavam em atividade em 2018. Ou seja, quase 80% - 8 em cada 10 ou 24.855 empresas - fecharam as portas no estado em menos de dez anos de funcionamento. 

ABAIXO DA MÉDIA NACIONAL

Todos os percentuais de sobrevivência empresarial por tempo de funcionamento na Bahia são menores que os verificados no Brasil e no Nordeste como um todo. Estão também entre os dez mais baixos do país. O estado tem a 8a menor taxa de sobrevivência tanto no primeiro ano quanto no quinto e no décimo ano de funcionamento.

Dentre as 612.954 unidades locais de empresas privadas que nasceram no Brasil em 2008, 18,5% (113.517) morreram antes de completar um ano (81,5% sobreviveram); pouco mais da metade (52,5% ou 321.844) fechou antes dos cinco anos (47,5% sobreviveram); e três em cada quatro morreram antes de fazer uma década (74,7% ou 458.029, ou seja 25,3% sobreviveram).

Dentre os estados, Santa Catarina tem as maiores taxas de sobrevivência empresarial, chegando a 52,8% em cinco anos de funcionamento e a 32,1% em dez anos de atividade. No extremo oposto ficam Roraima e Amazonas, o primeiro com as menores taxas até quatro anos de funcionamento, e o segundo, a partir dos cinco anos.

Bahia Notícias 

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