O racha na esquerda em Jacobina fez a disputa pela Prefeitura ter três candidaturas: o prefeito Luciano da Locar (DEM), que tenta a reeleição, o vereador Tiago Dias (PCdoB) e a odontóloga Mariana Oliveira (PT). Enquanto os postulantes do DEM e PCdoB concentram os partidos nas suas coligações, o PT vai para a briga com uma chapa "puro-sangue". 


Do lado do prefeito Luciano da Locar, os partidos PSL, PTC, DEM, PV, Republicanos, Cidadania, Solidariedade e PSDB formam a coligação "Por Amor à Jacobina". Contudo, a vice escolhida também foi do Democratas, a agricultora Renata Oliveira.


Em conversa com o BNews, o atual líder do Executivo municipal prevê uma disputa "tranquila" na cidade, que segundo ele tem um histórico de eleições sem grandes conflitos. "Tem aquelas fofocazinhas de vez em quando, mas está tranquilo", garante.


Confiante, Luciano da Locar vê a oposição em constante conflito e acredita que as candidaturas de PCdoB e PT dividem o mesmo eleitorado, o que pode facilitar a sua vida na cidade que não tem segundo turno. Apesar de desconhecer o motivo da suposta rusga entre os dois partidos, reconhece que existe uma "rivalidade grande entre eles".


O democrata diz ter cumprido "95% a 97%" das promessas de sua campanha eleitoral, que incluíam a abertura do Hospital Regional, a instalação de uma unidade de terapia intensiva (UTI) na cidade e realização de obras de infraestrutura.


Já a candidatura do vereador Tiago Dias (PCdoB), da coligação "Juntos Somos Mais Fortes", conta com o Podemos, PSB, PDT, DC, PP, PL, PROS e Patriotas. Na tentativa de balançar a chapa, a vice é Kátia da Saúde, do Podemos. Natural de Jacobina, ela é servidora pública estadual e já tem uma trajetória na política. 


Esta será a terceira eleição que Kátia participa, pelo terceiro partido diferente. Em 2004, tentou o legislativo na cidade ainda pelo PSDB. Mais de uma década depois, uma guinada à esquerda e a suplência como deputada estadual pelo PT. 


Tiago acredita que o seu diferencial nesta eleição seja a proximidade com o povo. Em tempos de pandemia, precisará descobrir como fazer o "corpo a corpo" que promete para "levar a mensagem" do PCdoB aos eleitores de Jacobina. "Ouvir as demandas, sugestões e críticas", pondera.


Isolada, a odontóloga Mariana Oliveira tem ao seu lado somente o experiente Carlinhos do PT, como é conhecido o ex-vereador eleito em 2008. Em 2012, ficou como suplente.


Para a petista, o cenário nacional pode ter alguma influência na cidade, principalmente por meio da imagem do ex-presidente Lula, que segundo ela "é uma das personalidades que mais influencia os votos" na cidade com mais de 80 mil habitantes. 


Este caminho, no entanto, não será o único. Mariana explica que o seu grupo irá mostrar à população de Jacobina que a eleição não está "polarizada" entre os postulante do DEM e PCdoB, visto como favoritos, mas que tem uma "terceira opção". Segundo a prefeiturável, é o momento da cidade ter novamente uma mulher no comando da Prefeitura, fato que ocorreu somente uma vez nos 140 anos de história do município.


PATRIMÔNIO


A diferença do patrimônio declarado pelos candidatos e o atual prefeito é grande. Com 48 anos e uma carreira como dentista na cidade, Mariana acumula um total de R$ 21.354,38 em bens. Já Tiago, do PCdoB, vereador desde 2012, declarou 3 motocicletas que totalizam R$ 11.500,00.


Com 56 anos e com algumas eleições na trajetória, o atual prefeito Luciano da Locar, que busca a reeleição, tem 50% de dois apartamentos: um no Rio de Janeiro e o outro em Salvador, que totalizamm R$ 428.871,72.


BNews / Foto: Jacobina Notícias

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