Um garoto de 7 anos sofreu uma queimadura na córnea ao usar um totem de álcool em gel, no condomínio onde mora, na cidade de Feira de Santana, a 100 quilômetros de Salvador. Apesar do suto, o menino não ficou cego.
“Foi justamente na hora em que o álcool esguichou e caiu dentro do olho dele”, contou Bárbara Gomes, arquiteta e mãe de Lucas.
O menino conta que ficou com medo de perder a visão. “Eu senti que eu não ia enxergar mais”, disse.
De acordo com a oftalmologista Cristiana Ronconi, a situação de Lucas Gomes poderia ter ficado pior, se a família dele não tivesse agido rápido.
“O álcool em gel é uma substância química que quando ele entra em contato com o olho humano, ele causa uma queimadura. Então, ele tira a primeira camada da superfície do olho e a partir daí ele começa a penetrar ainda mais rápido. Nessa hora, a gente precisa irrigar o olho, o máximo possível”, explicou.
Passado o susto, Bárbara Gomes diz que entende a importância do álcool em gel na prevenção contra o novo coronavírus, mas alerta para o cuidado maior com as crianças.
“A gente sabe a importância do álcool em gel para a higienização, mas é preciso ter bastante cuidado com a proximidade das crianças”, disse a mãe de Lucas.
A dermatologista Renata Dórea alerta que além de provocar queimaduras nos olhos, o álcool em gel pode provocar ferimentos na pele.
“O excesso de lavagens pode dar essa dermatite em quem tem pele sensível, que é o caso de crianças e idosos”, comentou a dermatologista.
Renata Dórea indica que as pessoas lavem as mãos com sabão sempre que possível. Caso contrário, fiquem atentos aos cuidados ao suar o álcool em gel, principalmente com as crianças.
G1
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