O apresentador Silvio Santos redigiu uma carta emocionante para o prefácio do livro Sonho Sequestrado, escrito por Marcondes Gadelha. No texto, datado de 31 de julho de 2020 e divulgado por seus familiares nesta semana, o patrão se mostra nostálgico e faz uma revelação sobre como sua memória vai se apagando vagarosamente.
“Como muito de meus órgãos, incluindo o óbvio, que não funciona há muito tempo, minha memória a cada dia que passa vai se apagando vagarosamente. Este seu livro me lembra de acontecimentos que eu já tinha esquecido e me deixa emocionado a cada página que leio”, detalhou.
O livro de Gadelha aborda a corrida de Silvio, com Gadelha como vice, às eleições presidenciais de 1989. Na carta que escreveu, Silvio relembrou a tentativa e desistência da carreira política, afirmando que, se eleito, queria atuar em prol da parte do povo mais humilde do país.
“Considero que estava qualificado para exercer a Presidência da República e tenho certeza de que a equipe que escolheria, no mínimo, melhoraria as condições das pessoas mais necessitadas neste país. Parte do povo mais humilde do Brasil, infelizmente, ainda vive debaixo de pontes, em casebres de papelão ou de madeira, onde, muitas vezes, só tem um prato de feijão para comer e ainda precisa se preocupar com saúde e com os remédios que precisa tomar. Minha atuação seria voltada para esses temas que tanto afligem a nossa pobre população. Os demais problemas do nosso país seriam enfrentados também pelo presidente Silvio Santos, mas preservada sempre a prioridade dada à habitação e à saúde.”
Metrópoles
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