A vacina contra a covid-19 desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, que está sendo testada no Brasil em parceria com o Instituto Butantan, causou até agora efeitos colaterais em menos de 5% dos voluntários que fazem parte dos estudos clínicos. As informações são da Folha de S. Paulo.
Os testes foram realizados em 27.000 pessoas em todo o mundo.
O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, explicou que a maioria dos voluntários que tiveram efeitos colaterais relatou que sentiu dor muscular no local da injeção. Segundo ele, apenas 1% das pessoas que receberam as doses tiveram algum mal estar e “uma febrícola”.
Para Covas, o fato das pessoas mais jovens terem “resposta mais proeminente” ao imunizante é algo natural. “Os idosos têm sistema imunológico menos ativo. Mas a notícia não é que a vacina é menos eficaz neles se comparada aos jovens. E, sim, que é eficaz em todas as idades”, afirmou.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse na 4ª feira (9.set.2020) que a vacina da Sinovac tem apresentado 98% de eficácia no combate ao novo coronavírus em idosos. Chamada de CoronaVac, a vacina está sendo testada em 9.000 voluntários no Brasil.
“Os testes demonstram que a vacina CoronaVac é segura e tem taxa de eficiência de 98% na imunização de idosos. Estudos da 2ª fase de testagem demonstram que pessoas com mais de 60 anos, que representam 1 dos grupos de risco [para o novo coronavírus], receberam mais de uma dose da vacina e a resposta imune chegou a 98%”, afirmou o governador.
Segundo Doria, os resultados dos testes realizados no Brasil têm sido extremamente positivos. “Desde o dia 21 de julho [quando os testes da vacina foram iniciados no Brasil], há quase 50 dias, não temos nenhum incidente, nenhum registro de reação adversa significativa nestes quase 9.000 voluntários. Os prognósticos são promissores. E em breve teremos a vacina para imunizar os brasileiros de todo o país.”
Poder360