O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) deu mais detalhes, nesta terça-feira (15), do “Enem seriado” (Exame Nacional do Ensino Médio). Em maio, o órgão já havia afirmado que seria mais uma forma de o estudante ingressar no ensino superior.
“Além do Enem [tradicional], teremos o Enem seriado. O aluno vai poder fazer a prova do Saeb [Sistema de Avaliação da Educação Básica] na escola e concorrer a vagas de ensino superior no Brasil inteiro”, afirmou Alexandre Lopes, presidente do Inep, durante coletiva de imprensa.
Novo Saeb
O “Enem seriado” será possível após a reformulação do Saeb. Atualmente, a prova é aplicada a cada dois anos, sempre no fim de cada etapa escolar: 5º e 9º ano do ensino fundamental, e 3º ano do ensino médio. Os alunos não recebem boletins individuais de desempenho – os resultados são calculados em conjunto, para as escolas e redes de ensino.
Na nova versão, a avaliação será anual, e alunos de todas as etapas escolares participarão do exame.
No fim do ensino médio, cada aluno terá seu desempenho calculado com base nas notas do Saeb dos últimos três anos. A partir da pontuação final, ele chegará a uma nota que poderá ser usada no processo seletivo de universidades do país inteiro.
Ou seja: o desempenho do jovem que estiver no 1º ano do ensino médio em 2021 será somado ao de 2022 e 2023, para que ele concorra a uma vaga de ensino superior em 2024.
Prouni, Fies e Sisu
Segundo o Inep, as notas do “Enem seriado” servirão para o Prouni (Programa Universidade para Todos), que distribui bolsas de estudo parciais e integrais em universidades particulares; e para o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), programa que financia mensalidades de instituições privadas.
Será possível também participar do Sisu (Sistema de Seleção Unificada) e concorrer a vagas no ensino público. No entanto, isso dependerá da adesão de universidades estaduais e federais ao “Enem seriado”.
G1