Na sexta-feira (18), a Justiça do Rio determinou que Flordelis passe a ser monitorada e fique em recolhimento domiciliar das 23h às 6h. Mas ate o começo da manhã desta terça (22), a deputada ainda não tinha comparecido para colocar o equipamento.
Flordelis e sete de seus filhos são réus em processo sobre a morte do marido da deputada, pastor Anderson do Carmo, assassinado dentro de sua casa em Niterói, em junho do ano passado. Ela é acusada de ser a mandante do crime, mas não pode ser presa em razão de sua imunidade parlamentar.
A juíza pede que a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio (Seap) seja intimada para a instalação do aparelho de monitoração com urgência.
A defesa de Flordelis declarou que vai tomar todas as providências e disse que a decisão "é equivocada, usa argumentos sem sentido e que a presunção de inocência tem sido deixada de lado no caso."
A deputada federa deve ser ouvida nesta quarta-feira (23). O caso corre em segredo de Justiça.
Testemunha relata medo
Na decisão, consta a necessidade da aplicação das medidas cautelares após uma testemunha do caso relatar medo. Regiane Ramos, que teve uma bomba jogada em sua residência, disse em depoimento que teme por sua integridade física, sentindo-se ameaçada "em especial" pela ré Flordelis e o corréu Adriano, filho de Flordelis preso acusado de envolvimento no crime.
Regiane Ramos é dona da oficina em que Lucas trabalhava antes do crime e consta no inquérito policial como testemunha por reafirmar a história de que Lucas César dos Santos teria recebido uma mensagem, via WhatApp, com o plano para matar o pastor. Na época, Lucas teria comentado sobre a proposta e enviado a mensagem para Regiane ler.
Segundo a testemunha, ela não tem dúvida de que o ataque foi orquestrado pela família de Flordelis como uma forma de intimidá-la a não depor em juízo e também uma forma de intimidar Lucas.
G1
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