Donos do estaleiro Eisa, os irmãos Germán e José Efromovich foram presos na manhã desta quarta-feira (19) na 72ª fase da Lava Jato, batizada de "Operação Navegar é Preciso". Eles também são sócios da Avianca Holdings, uma das maiores empresas aéreas da América Latina, que está em processo de recuperação judicial. A companhia não é investigada na ação desta quarta.
A prisão preventiva dos irmãos foi pedida pela força-tarefa da Lava Jato no Ministério Público Federal (MPF), mas, por causa da pandemia do novo coronavírus, a Justiça decretou regime domiciliar para os dois. Além das prisões, seis mandados de busca e apreensão também são cumpridos pela Polícia Federal em Alagoas, no Rio de Janeiro, em Niterói e na capital paulista.
A PF, em cooperação com o MPF, deflagrou a operação para combater suposta fraude em licitação da Transpetro, subsidiária da Petrobrás responsável pelo transporte de combustível e pela importação e exportação de petróleo e derivados, para compra e venda de navios.
A suspeita é que os empresários tenham pago R$ 40 milhões em propinas a um executivo da estatal, que não teve o nome divulgado, em troca de um contrato de R$ 857 milhões para fornecer os navios. O prejuízo com a contratação, classificado pela PF como ‘assombroso’, é estimado em cerca de R$ 611 milhões.
O pagamento de propina ao então executivo da Transpetro teria sido disfarçado por meio de um contrato falso de investimento em empresa estrangeira, que previa o pagamento de uma multa de R$ 28 milhões em caso de cancelamento do aporte. Esse contrato teria sido celebrado entre uma empresa do grupo dos investigados do estaleiro e uma empresa ligada ao referido executivo da Transpetro, sendo que a remessa dos valores teria sido feita por meio de várias transferências de contas bancárias no exterior.
Bahia Notícias