Os bancários da base do Sindicato aprovaram, na noite de terça-feira (25), o estado de greve e decidiram ampliar a mobilização. A decisão foi tomada em assembleia virtual. De acordo com o sindicato, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) propôs reajuste zero por dois anos e para 2020, ofereceu abono de R$ 1.656,22, que seria pago em setembro, e de R$ 2.232,72, a ser creditado em agosto de 2021.

Além disso, o sindicato afirma que os bancos mantiveram a proposta de redução da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e a categoria acredita que não há justificativa para este tipo de medida, uma vez que bancos continuam lucrando e ainda receberam ajuda financeira do governo federal durante a pandemia do novo coronavírus.

Segundo o presidente licenciado do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos, o lucro dos bancos somente no primeiro semestre do ano foi superior a R$ 24 bilhões. Contudo, para ele, as medidas apresentadas “retiram direitos dos bancários e desrespeitam a população”.

“A nossa pauta contempla a defesa dos empregos, manutenção dos direitos, contra privatização dos bancos públicos e melhores condições de trabalho. (…) Esperamos que seja possível uma saída negociada, mas é inaceitável a intransigência dos bancos”, afirmou em nota.

A proposta dos bancos foi rejeitada pelo Comando Nacional dos Bancários e uma nova rodada de negociação está marcada para ocorrer nesta quarta (26), às 14h. Na quinta (27), às 20h, uma nova assembleia para organizar a mobilização será realizada.

Ao VN, Augusto Vasconcelos explicou que que mais de mil pessoas participaram da assembleia virtual na Bahia e a expectativa é que mais de duas mil participem na próxima. De acordo com ele, todos os estados brasileiros fizeram assembleias.

Varela Notícias 

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