Após cinco anos de funcionamento, somente quatro em cada dez empresas continuam a operar no Brasil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em seu último estudo de Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo.

E os erros que levam à falência se repetem: falta de planejamento, falta de visibilidade sobre fluxo de caixa, entre outros. Para evitar cair nas mesmas falhas de outros empreendedores, o melhor é se informar. 

No artigo de hoje, bem como no vídeo acima, eu, Yolanda Fordelone, economista do Econoweek, vou traduzir os cinco erros que tive na gestão do meu negócio. Apesar de o Econoweek ter uma natureza de criação de conteúdos educativos, as falhas também podem ser lições para outras áreas como vendas e serviços.

1. Sacar todo o dinheiro do caixa 
Quando o Econoweek se estabeleceu melhor como negócio, eu e meu sócio, César Esperandio, sacamos boa parte do lucro. Não havia um planejamento no sentido de termos um salário fixo ou mesmo ganhos que representassem apenas um porcentual do lucro.

O erro também ocorreu por acharmos que o período de ganhos fartos se estenderia por um longo tempo. 

Após um período de bonança, nossa receita diminuiu e nos vimos numa situação sem caixa. A lição serve para outros empreendedores: tenha um planejamento de caixa e de salário próprio, além de pés no chão para ter fôlego em momentos maus de vendas.

2. Investir pouco na melhoria do negócio 
Com pouco caixa, o segundo erro foi não ter dinheiro para reinvestir na melhoria do negócio. Com o crescimento da empresa, o ideal é que você passe a terceirizar parte do serviço ou mesmo a automatizar, buscando avanços que te deem tempo para focar na gestão do negócio e não no operacional. Somente assim, você pode ganhar escala para aumentar a sua receita futura.

Isso se torna um problema se você tiver uma má gestão do caixa da empresa.

Além disso, operar sem caixa te coloca em maus lençóis em momentos inesperados, como o que ocorreu na pandemia do coronavírus que fez diversos negócios terem de trabalhar de portas fechadas por uns meses.

3. Não saber precificar o trabalho 
Busque sempre referências, entenda seus custos e seu diferencial. A precificação do seu trabalho passa por diversos cuidados e é muito importante porque às vezes você pode estar vendendo muito mas operando no zero a zero se não colocar no seu preço uma margem de lucro. 

Na criação de conteúdo, como no caso do Econoweek, o exercício de entender o seu produto e preço é constante porque ele muda o tempo todo. Na gestão do negócio, já cometemos o erro de nos vender por um preço muito abaixo do mercado e também muito acima. Ambas as linhas são ruins para o negócio a longo prazo.

4. Demorar para aprender e mudar a estratégia 
Agilidade é fundamental para negócios que estão se constituindo porque em geral você aprende com os erros e testes de produtos. Não há uma fórmula mágica que te aponte qual produto será mais vendido e falado no mercado. Em geral, os empreendedores aprendem testando. 

O ponto de atenção aqui é fazer deste teste algo rápido. O aprendizado tem de ser constante e as mudanças de rotas, rápidas, pois demorar muito tempo em alguma estratégia que não está dando certo pode ser mortal para os jovens negócios.

5. Não ter uma identidade visual clara 
A identidade visual e de comunicação faz o cliente identificar sua marca em um feed com milhares de postagens. Ao bater o olho, ele já sabe quem está fazendo a postagem. 

Além de investir na melhoria do seu produto, também tome um cuidado especial de como está comunicando sua marca. Uma falta de identidade, em geral, não te destaca em um mercado tão competitivo. 

Yolanda Fordelone, Uol 

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