O mundo já registra 12,1 milhões de casos de infecção pelo novo coronavírus, e 550,9 mil mortes causadas pela doença. Além dos efeitos na saúde, a pandemia fará com que cerca de 45 milhões de pessoas caiam da classe média para a pobreza na América Latina e no Caribe, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU). O alerta foi feito pelo secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, nesta quinta-feira (9). 

"Em um contexto em que já existem grandes desigualdades, altos níveis de trabalho informal e serviços de saúde fragmentados, as populações e pessoas mais vulneráveis são mais uma vez as mais afetadas", disse Guterres em uma mensagem de vídeo, transmitindo um relatório detalhando dos efeitos devastadores do vírus na região. 

A América Latina e o Caribe são considerados no momento o epicentro da pandemia, e já somam mais de três milhões de casos confirmados e mais de 140 mil mortes, principalmente no Brasil, no México, no Peru e no Chile. 

Conforme reportagem da agência France Presse publicada pelo G1, a estimativa feita pela ONU é de que a queda do PIB regional este ano seja a maior em um século, em cerca de 9,1%. 

A organização também fez previsões sobre crescimento da taxa de pobreza. De acordo com a ONU, esse índice aumentará 7% em 2020, um aumento de 45 milhões de pessoas, com o qual o número total de pobreza e extrema pobreza na região aumentará para 230 milhões (37,2% da população). 

A organização estima também que a pobreza extrema crescerá 4,5%, cerca de 28 milhões de pessoas, para afetar um total de 96 milhões (15,5% da população) que estão "em risco de fome", disse Alicia Bárcena, secretária executiva da Comissão Econômica das Nações Unidas para a América Latina e o Caribe (Cepal).

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