As transmissões ao vivo, que faziam sucesso entre os adolescentes, viraram febre e se multiplicaram, atingindo as mais diversas faixas etárias

Nos últimos meses, o mundo passou por mudanças, a pandemia levou a maior parte da população para dentro de casa, a sociedade foi obrigada a se reinventar, os recursos digitais nunca foram tão importantes e o papel das redes sociais ganhou ainda mais significado na vida das pessoas, seja para se comunicar com familiares e amigos ou para entretenimento e informação. Diante do novo cenário, houve a explosão de lives (transmissão ao vivo de vídeos), uma importante ferramenta para se comunicar com os públicos de interesse.

As transmissões ao vivo, que faziam sucesso entre os adolescentes, viraram febre e se multiplicaram, atingindo as mais diversas faixas etárias. Os artistas da música reuniram fãs isolados e conectados na tela do celular ou computador, os shows online viraram um fenômeno, uma alternativa para o mercado musical e um formato interessante para ações de marketing.

Mas será que as lives vieram para ficar ou são só uma onda passageira?

Segundo levantamento realizado pela MindMiners, empresa de tecnologia especializada em pesquisa digital, a pedido da CNN Brasil Business, 76% dos entrevistados afirmaram que querem a continuidade das lives, mesmo após a pandemia. A pesquisa foi realizada com 500 pessoas, de todas as regiões do país e classes sociais distintas.

A audiência das transmissões ao vivo é de dez a vinte vezes maior do que a de vídeos gravados, segundo um estudo da consultoria Forrester e da IBM. O poder e o engajamento das lives também chamaram a atenção de marcas, empresários e profissionais de diversas áreas.

A qualquer hora do dia é possível observar conteúdos dos mais variados tipos, pessoas compartilhando conhecimento, inclusive como forma de promover seus negócios, academias e marcas transmitindo aulas de exercícios em casa, bate-papos sobre diversos temas, entrevistas com profissionais da área da saúde, executivos de segmentos diversificados e especialistas em economia. É uma gama gigantesca de possibilidades e um canal de comunicação interessante para aumentar a conexão com o público desejado, atrair novos seguidores, fidelizar os existentes, divulgar produtos e serviços e fortalecer o nome ou a marca.

Uma das principais características da live é a espontaneidade, mas dependendo da proposta do conteúdo, o preparo para falar sobre o assunto, a escolha de um ambiente adequado, boa conexão com a internet e um bom áudio são importantes para o sucesso da transmissão. Fazer uma live sem interagir com o público não faz muito sentido, então é interessante responder perguntas e comentários, cumprindo mesmo o papel de aproximação proporcionada pelo formato. Estar preparado para não ser apenas mais um no meio de tantas opções, pode fazer a diferença. Avisar com antecedência os seguidores sobre a transmissão ao vivo, informando o tema, data e horário, também é essencial. A divulgação garantirá mais audiência e as pessoas poderão se programar para assistir ao conteúdo.

O fato é que as transmissões ao vivo entraram com força na rotina de muita gente e até conquistaram pessoas que se diziam resistentes à tecnologia. A ferramenta deve continuar sendo muito utilizada pós-pandemia e pensar na responsabilidade do conteúdo a ser transmitido é extremamente importante.

Fabiana Groppo é jornalista e consultora de comunicação da Alfapress Comunicações

Por Administradores.com

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