Com 623 novas mortes nas últimas 24 horas por coronavírus, o Brasil registrou nesta segunda-feira (1º) o total de 30.046. Em números absolutos de casos, o Brasil é o segundo país no mundo com o maior número de contaminações. Está atrás dos Estados Unidos, que têm 1,8 milhão, e à frente da terceira colocada, a Rússia, que registra 414,8 mil casos, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins.

O balanço mais recente do Ministério da Saúde aponta o total de 526.447 diagnósticos da doença em todo o território nacional, sendo 12.247 novos casos confirmados entre ontem e hoje. Há, ainda, 4.412 pessoas com sintomas relacionados ao coronavírus sob investigação, de acordo com a pasta. Do total de óbitos confirmados, somente 220 ocorreram nos últimos três dias.

Com reabertura das atividades econômicas, o Estado de São Paulo segue liderando em número de casos e óbitos, com 111.296 diagnósticos e 7.667 mortes. O Rio tem 54.530 casos e 5.462 óbitos. No Ceará são 50.530 infecções e 3.188 mortes. Os números chegam no momento em que alguns Estados começam a discutir as medidas de flexibilização do isolamento social e reabertura de setores da economia.

Nesta segunda-feira, 1º, o Ministério da Saúde mais uma vez deixou de fazer a entrevista coletiva para prestar esclarecimento sobre as ações relacionadas ao combate da covid-19.

Enquanto países da Europa veem comércios e escolas reabrirem e ensaiam uma gradual volta à normalidade, o Brasil torna-se novo epicentro da pandemia no mundo. O Brasil soma 29.937 mortes e só está atrás dos Estados Unidos, Reino Unido e Itália no total de vidas perdidas para a doença.


O diretor do programa de emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), Michael Ryan, afirmou que o pico do coronavírus no continente ainda não foi atingido. Ryan destacou que países das Américas, como Brasil, Peru, Chile e México, estão entre os que mais registram novos casos da doença em 24 horas. Além disso, afirmou que o país está entre aqueles que não chegaram ao pico da transmissão.

"Não acredito que tenhamos atingido o pico, e não posso prever quando ocorrerá, mas precisamos mostrar solidariedade aos países das Américas Central e do Sul, da mesma forma que fizemos com países de outras regiões. Estamos juntos e ninguém fica para trás. Se olharmos os diferentes hemisférios, cinco dos dez países com maior número de casos nas últimas 24h estão nas Américas: Brasil, EUA, Peru, Chile e México. É uma área bastante ampla. E os países com maior aumento são Brasil, Colômbia, Peru, México, Haiti e Argentina", disse.

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