O ex-jogador Ronaldinho Gaúcho quebrou o silêncio e concedeu sua primeira entrevista após ser preso no Paraguai com passaporte falso no último dia 4 de março. Nesta segunda-feira (27), o jornal paraguaio ABC Color publicou a conversa com o brasileiro, que relatou os 32 dias confinado num presídio de Assunção. Desde 7 de abril, ele e o irmão, Roberto de Assis, cumprem prisão domiciliar num hotel de luxo na capital do país após o pagamento de fiança.
"Foi um duro golpe. Nunca imaginei que passaria por uma situação dessas. Durante toda a minha vida, busquei atingir o mais alto nível profissional e trazer alegria às pessoas com o meu futebol", afirmou.
Ronaldinho contou que viajou ao Paraguai para o lançamento de um cassino online e também de um livro. O ex-craque disse ter ficado surpreso ao ser abordado no aeroporto de Assunção por causa dos documentos falsos.
"Tudo o que fazemos é a partir de contratos gerenciados por meu irmão, que é meu representante. Nesse caso, participamos do lançamento de um cassino online, conforme especificado no contrato, e do lançamento do livro "Craque da Vida", organizado com uma empresa no Brasil que tem o direito de explorar o livro no Paraguai", contou. "Ficamos surpresos ao saber que os documentos não eram originais. Desde então, nossa intenção tem sido colaborar com a Justiça para esclarecer o fato, como temos feito desde o início. Desde esse momento até hoje, explicamos tudo e facilitamos tudo o que a Justiça solicitou de nós", completou.
No presídio de Assunção, Ronaldinho falou que interagiu com os outros presos, distribuindo autógrafos, tirando fotos, gravando vídeos. Ele também participou de um campeonato interno de futebol. "Todas as pessoas me receberam com bondade. Jogar futebol, dar autógrafos, estar em fotos, tudo isso faz parte da minha vida, não tenho motivos para parar de fazê-lo, muito mais com pessoas que estão passando por um momento difícil como eu estava", disse.
ABC TV - via Bahia Notícias
Imagem: Agência EFE