A sexta-feira (17) foi a mais dura para Rodrigo Maia nas redes sociais. Com 1,6 milhão de posts publicados no Twitter contra ele, em torno de 13 hashtags, entre elas a líder #ForaMaia, o presidente da Câmara dos Deputados sofreu o maior ataque contra ele na web.
Em uma orquestração que surpreendeu a consultoria Bites, especializada na análise de métricas de redes sociais, 34% de tudo que se comentou em torno do nome de Maia nos últimos 12 meses foi tuitado nas últimas 24 horas.
“A ação seguiu o padrão dos fluxos bolsonaristas nas redes sociais, mas seria um falso positivo atribuir o resultado apenas ao uso de robôs, especialmente o Twitter, que já negou a existência dessa capacidade de manipulação em larga escala do seu algoritmo no Brasil”, afirmou relatório da Bites.
Houve muito trabalho da militância bolsonarista, espalhando o ataque por Facebook, Instagram, YouTube, Google Brasil e em grupos no Whatsapp e no Telegram. No Instagram, a #ForaMaia alcançou 77 mil publicações em vários perfis.
No Twitter, 238 mil perfis publicaram, em média, sete posts cada contra Maia. Desse volume, 14% eram publicações originais e 49% retuítes, para aumentar o alcance das mensagens originais de ataque.
“O ataque também encontrou eco entre deputados bolsonaristas que nas últimas 24 horas publicaram críticas a Maia no Facebook, Twitter e Instagram. No total foram 29 posts que alcançaram 323 mil interações e a liderança desse ranking ficou por conta de Eduardo Bolsonaro, que conseguiu 53 mil interações em uma mensagem no Facebook”, analisou a Bites.
Deputados estaduais do PSL na Bahia, Ceará, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo também atacaram o presidente da Câmara.
Por Guilherme Amado