Os Estados Unidos passaram hoje a ser o primeiro país do mundo a ultrapassar um milhão de casos confirmados da covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, segundo os últimos dados da Universidade Johns Hopkins.

Hoje o número de infectados nos Estados Unidos atingiu 1.002.498, enquanto o número de mortes atingiu 57.266.

Há algumas semanas os Estados Unidos têm sido o foco da pandemia e lideram o número de infectados, seguidos pela Espanha, onde as pessoas infectadas ascendem a 232.128 e os mortos totalizam 23.822, segundo a universidade.

A Itália surge depois, com 201.505 pessoas infectadas e 27.359 mortes, seguindo-se a França, com 166.036 infectados e 23.327 mortes, números contabilizados desde o início da pandemia da covid-19, diz a universidade em comunicado.

No entanto, o número de mortes per capita mostra que a Bélgica é o país com maior número de óbitos, uma média de 63,10 mortes por 100.000 habitantes.

De acordo com os dados hoje atualizados pela Universidade Johns Hopkins, depois da Bélgica surge a Espanha, com uma média de 50,34 mortes por 100.000 habitantes, a Itália (44,64), França (34,82), Reino Unido (31,82) e os EUA, com um número médio de mortes de 17,20 por 100.000 habitantes.

Nos Estados Unidos mais da metade das mortes concentram-se em três estados: Nova York, com 17.303, a vizinha Nova Jersey (6.044) e o Michigan, onde 3.407 pessoas perderam a vida devido à covid-19, revelam os dados mais recentes das autoridades locais.

À medida que a pandemia alastra, a maioria dos estados americanos emite legislação para a população ficar em casa, embora nos últimos dias alguns destes estados tenham começado a retomar as suas atividades.

Especificamente, na segunda-feira, nove estados já reabriram em parte as suas atividades (Alasca, Colorado, Geórgia, Minnesota, Mississipi, Montana, Oklahoma, Carolina do Sul e Tennessee) e espera-se que, na próxima semana, outros oito aliviem as medidas de confinamento e de encerramento das atividades sociais e econômicas, embora mantenham o distanciamento social.

Todos os estados americanos que estão retomando as suas atividades têm várias características em comum: a maioria é rural, registraram um número inferior de infecções do que em cidades como Nova York, o epicentro da pandemia nos EUA, e na generalidade são ideologicamente mais conservadores e defendem que o poder local deve estar acima do poder federal.

Apesar de alguns estados estarem reabrindo as suas atividades, as medidas de distanciamento social nos Estados Unidos vão se manter durante o verão, avisou Deborah Birch, médica coordenadora do grupo de trabalho sobre a pandemia da Casa Branca.

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