A América do Sul já registra mais de 58 mil pessoas infectadas pelo novo coronavírus. O Brasil é o país mais afetado da região, com mais de 25 mil contágios confirmados. O Peru está em segundo lugar, com mais de 10 mil infectados. Chile aparece em terceiro lugar, com mais de 8 mil casos.

O Equador, cujo sistema de saúde e os serviços funerários estão colapsados, é o país com maior taxa de letalidade na América do Sul, com 21 mortos por covid-19 para cada milhão de habitantes. O Brasil, com 7,4 mortes a cada milhão de habitantes aparece em terceiro lugar, depois da Guiana , com índice de 7,7, segundo apuração da Agência Brasil, baseada no mapa em tempo real da doença, desenvolvido pelo Centro de Ciência e Engenharia de Sistemas (CSSE) da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos.

Depois do Brasil, aparecem Peru (7,1), Chile (5,0), Colômbia (2,5) Argentina e Bolívia (2,4), Uruguai (2,2), Suriname (1,7), Paraguai (1,1) e Venezuela (0,3).

Os cálculos foram feitos com os dados oficiais de mortos pelo novo coronavírus em cada país. No entanto, sabe-se que muitos países da região apresentam subnotificação desses dados.

O Chile, que tem uma população de 18,7 milhões de habitantes, adotou como política uma ampla testagem para diagnóstico da população. Até agora, foram realizados 91.873 testes, com 8.273 mil casos confirmados e 95 mortes. O país declarou estado de catástrofe no dia 18 de março.

O país adquiriu quase um milhão de testes, que deverão começar a ser utilizados a partir da próxima sexta-feira (17).

Na manhã de hoje (15) a subsecretária de Saúde Pública, Paula Daza, divulgou o último balanço da doença no país. Ela afirmou que 2.937 pessoas já estão recuperadas, ou seja, tiveram o diagnóstico, passaram 14 dias em quarentena e agora já estão na etapa em que não transmitem mais o vírus.

Daza afirmou que o Chile tem atualmente 577 ventiladores disponíveis em todo o país para os pacientes que precisam.

O ministro da Saúde do Chile, Jaime Mañalich, afirmou na manhã de hoje que "o destino disso (do novo coronavírus) é que toda a população mundial seja infectada, não há como evitá-lo, a menos que haja uma vacina".

Mañalich disse ainda que estão sendo feitos esforços para não sobrecarregar o sistema de saúde e gerenciar a propagação do vírus da melhor maneira. O ministro ressaltou que é importante detectar as pessoas que criaram imunidade à covid-19 e as que estão com  o vírus e são assintomáticas, por isso a importância de testar amplamente a população. 

Pressionado por prefeitos que questionam as quarentenas parciais e pedem isolamento total, o ministro chileno afirmou que está atuando com cautela, pois não se sabe ainda os impactos que tais medidas teriam em cada comunidade.

"As pessoas sofrem, elas passam fome", disse o ministro que defende que o isolamento não deve ser prolongado por muito tempo, deve ter um começo e um fim, já que nos locais que o decretaram indefinidamente, as pessoas não os cumpriram.

"São medidas que podem parecer boas mas causam muitos danos em casas onde muitas pessoas vivem em poucos metros quadrados", disse Mañalich.

A Argentina, que desde o dia 20 de março adotou a quarentena geral e obrigatória, tem 2.443 casos confirmados da doença e 109 mortes até o momento. O país tem uma população de 44,4 milhões de habitantes. A taxa de letalidade do vírus é de 2,4 vítimas fatais para cada milhão de habitantes.

A Argentina realizou, até o momento, 24.374 testes. De acordo com o governo, 4% das pessoas que ingressaram no país desde o início dos rigorosos controles nas fronteiras testaram positivo para a covid - 19.

Ainda de acordo com o governo argentino, o distanciamento social massivo fez com que o pico da curva, que se esperava para a terceira semana de maio, fosse postergada para a primeira quinzena de junho.

Uma nova medida, em vigor a partir de hoje é o uso obrigatório de máscaras em transportes públicos, comércios, bancos e outras agências de atendimento ao público, tanto para os clientes, quanto para os atendentes. Caso descumpram a orientação, fiscalizada pela Polícia, os argentinos serão multados.

No Uruguai são 492 casos confirmados de infecção e 8 mortes por covid-19. O país tem uma população de 3,5 milhões de habitantes. Há 14 pessoas em terapia intensiva e 80 profissionais da saúde infectados. Foram notificados 260 casos de pessoas recuperadas no país.

Um relatório do Sistema Nacional de Emergências (Sinae) afirma que, desde 13 de março, dia em que a emergência de saúde foi declarada, 9.929 exames foram processados, com 9.396 resultados negativos e 533 positivos. Apesar do número de testes positivos, são 492 infectados, mas alguns fizeram o teste mais de uma vez.

Entre as medidas anunciadas pelo governo uruguaio diante do avanço da pandemia, estão: a distribuição de máscaras nos ônibus, medida tomada juntamente com a Câmara de Transporte do Uruguai; a suspensão das aulas por tempo indeterminado; o controle dos preços da cesta básica e de produtos de higiene e limpeza; a suspensão de atividades sociais e apresentações públicas como cinemas, teatros, museus, cassinos e shoppings. O governo pede ainda que, na medida do possível, as empresas incentivem o trabalho remoto.

O país declarou emergência de saúde e decretou o fechamento parcial das fronteiras, que implica quarentena obrigatória de 14 dias para passageiros sintomáticos ou que venham de países declarados em risco. As áreas de risco para o Uruguai são: China, Coréia do Sul, Irã, Cingapura, Japão, Itália, Espanha, França, Alemanha e Estados Unidos. 

Nos próximos dias, o governo afirma que o Uruguai terá a possibilidade de testar os cidadãos sem que tenham que sair do carro.

Com informação: Agência Brasil

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