Após decisão judicial que determinava o cumprimento da Lei Antibaixaria, a Coordenação do Carnaval de Juazeiro divulgou uma nota mantendo a contratação das bandas e informando que notificou os artistas para que não toquem as músicas citadas pela Justiça como ofensivas às mulheres.
O Bahia Notícias teve acesso à inicial da ação civil pública do Ministério Público da Bahia (MP-BA), onde o promotor Samuel de Oliveira Luna pediu o cumprimento da Lei Antibaixaria, citando músicas de Igor Kannário, Léo Santana, O Poeta e Psirico como incentivadoras do preconceito e da violência de gênero.
Na decisão, à qual o BN também teve acesso, o juiz José Goes Silva Filho pediu que administração municipal indicasse, entre diversas exigências, quais bandas contratou, os recursos públicos destinados ao custeio do evento e qual órgão ficará responsável por fiscalizar músicas, danças e coreografias que afrontem a Lei Antibaixaria. Além disso, a Justiça pediu uma comprovação do cumprimento da norma municipal.
Como resposta, a Coordenação do Carnaval de Juazeiro divulgou nota informando que já notificou as bandas para que as músicas citadas pelo juiz não sejam tocadas. As canções referidas na ação e decisão judicial são as seguintes: “Nega do Patrão”, de Igor Kannário; “Viola do Mal”, do Psirico; “Santinha”, de Léo Santana; “Machuca Ela”, “Saco de Pão na Cara”, “Senta pra Descansar” e “Toma Soco” do cantor O Poeta.
O carnaval de Juazeiro começou na noite desta sexta-feira (7) e irá até o próximo domingo (9).
Por Lula Bonfim - Bahia Notícias