Priscila, de 30 anos, mãe de duas filhas de 13 e 10, sonha em conhecer seus pais biológicos. Ela conta que, quando era criança, lhe disseram que sua mãe se chama Rita e seu pai Paulo, e que sua família morava em Jacobina. Ela não se recorda do sobrenome da família de seus pais.
Ao Jacobina Notícias, Priscila explicou que cresceu no orfanato Lar Mundo da Criança, em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Ela teria sido levada para o orfanato quando tinha apenas três meses de vida, por um político que seria ex-vereador ou ex-prefeito de Lauro de Freitas. Priscila diz ainda que, por um tempo, os irmãos biológicos dela iam visitá-la, mas ela não lembra porque era muito pequena. Depois de um tempo, porém, eles deixaram de visitá-la porque "moravam muito longe, em Jacobina, e não tinham dinheiro para viajar".
"Eu quero encontrar meus pais biológicos. Sou muito amada, fui criada em um orfanato, amo minha mãe [adotiva] e não troco ela por nada, meus irmãos também, mas eu quero saber quem sou eu, de onde em vim, quem são meus parentes, queria que minhas filhas conhecessem os parentes delas, avós, entendeu? Porque, praticamente, sou aqui sozinha com minhas filhas, elas só têm os parentes do pai, meus irmãos conhecem, mas é diferente. Elas sabem que eu não sou filha ou irmã biológica, minhas filhas sabem tudo. Eu queria encontrar para saber quem sou eu, meus documentos verdadeiros, porque meus documentos não são meus, no orfanato que foram feitos pra mim", contou Priscila com a voz embargada de emoção.
"Quando meu irmão ia lá [no orfanato] eu sempre estava no colégio. Aí, chegou um tempo que eles pararam de ir lá, eles falaram que moravam muito longe, em Jacobina. Por isso, deixaram de ir lá, por falta de dinheiro também. Sei que o nome da minha mãe é Rita e do meu pai Paulo. Tia Lindaura, que ajudou mãe Marina a me criar, ela falou que minha mãe biológica é baixinha, pele branca, mas eu não me lembro. Quando eu pergunto a minha mãe adotiva sobre minha história, ela fala que não quer contar, começa a chorar muito e não conta detalhes do meu passado, mas eu quero saber, é meu direito, ela sempre chora e eu desisti [de descobrir através dela]. Então, eu falei que vou procurar, correr atrás, aí minha tia me falou que ela chegou aqui com o prefeito de Lauro de Freitas, que tem até uma rua com o nome dele, ele já é falecido", explicou.
"Procurei por parentes aqui em lauro de Freitas, Itinga, Salvador, mas não encontrei ninguém, procurei em grupos, mas nada. Eu não sei meu nome todo, sei apenas que é Priscila, porque ela me falou. Mas, quem sabe mostrando minha foto, falando do orfanato que é em Lauro de Freitas, ela que me deixou lá com um vereador, quem sabe contando essas história eu possa reencontrar minha família biológica. Se puderem me ajudar eu agradeço, é tão ruim passar o Natal sem saber quem é sua família. Eu passo sempre com meus irmão, minha mãe Marina, mas eu sinto um vazio enorme, entende? Eu queria que minhas filhas conhecessem a minha família biológica", contou.
"Procurei por parentes aqui em lauro de Freitas, Itinga, Salvador, mas não encontrei ninguém, procurei em grupos, mas nada. Eu não sei meu nome todo, sei apenas que é Priscila, porque ela me falou. Mas, quem sabe mostrando minha foto, falando do orfanato que é em Lauro de Freitas, ela que me deixou lá com um vereador, quem sabe contando essas história eu possa reencontrar minha família biológica. Se puderem me ajudar eu agradeço, é tão ruim passar o Natal sem saber quem é sua família. Eu passo sempre com meus irmão, minha mãe Marina, mas eu sinto um vazio enorme, entende? Eu queria que minhas filhas conhecessem a minha família biológica", contou.
Priscila pensa em vir em Jacobina para tentar localizar sua família biológica, estando mais perto, mas ainda não pode. Quem puder ajudá-la de alguma forma, com qualquer informação, pode entrar em contato através do telefone/whatsapp (71) 98520-4349. Ela disponibilizou fotos de quando estava no orfanato, ainda criança, confira abaixo.
Por Robson Guedes / Jacobina Notícias